O chefe de Estado falava na 20.ª sessão sobre a situação da covid-19 em Portugal, numa intervenção por videoconferência, que foi transmitida publicamente, após as apresentações dos especialistas, que terminaram com o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, coordenador do plano de vacinação nacional.
Depois de agradecer a todas as equipas de especialistas que participaram nestas sessões, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que "o progresso da vacinação" em Portugal "merece ser saudado e merece ser destacado" e tem acompanhado "par e passo" a gestão e a evolução da covid-19.
"Eu saúdo a decisão que nos foi hoje comunicada de privilegiar a primeira dose, quando existe por razões de escassez relativa uma necessidade de opção entre aumentar o número da primeiras doses e reforçar as reservas para segunda dose", acrescentou.
Segundo o Presidente da República, "quanto à vacinação, tem havido um processo de adesão crescente dos portugueses, à medida que verificam aquilo que entendem ser o sucesso, pelo menos imediato, dessa vacinação".
Marcelo Rebelo de Sousa assinalou que "várias das apresentações mostraram que a letalidade e a mortalidade vão acompanhando em sentido inverso o avanço da vacinação".
O Presidente da República vai falar hoje ao país, pelas 20:00, depois de ouvir os partidos sobre o possível fim do estado de emergência.
Há 20 dias, Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar que o estado de emergência não voltasse a ser decretado para além de abril e que se pudesse entrar numa "boa onda" em maio, o que fez depender dos dados da covid-19 em Portugal.
Na segunda-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgou que nas últimas 24 horas não houve registo de mortes relacionadas com a covid-19 em Portugal, onde desde março do ano passado já morreram perto de 17 mil pessoas com esta doença, e somente num dia, em 03 de agosto, não tinha havido mortes.
O índice de transmissão do SARS-Cov-2 em Portugal situava-se na segunda-feira em 0,99 e a incidência de casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias em 70,4, de acordo com a DGS, que contabilizou um total de mais de 834 mil casos de infeção com o novo coronavírus até agora.
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