A Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulgaram, esta sexta-feira, o mais recente relatório de monitorização das linhas vermelhas para a COVID-19. Com uma tendência "ligeiramente decrescente" de novos casos por 100 mil habitantes e Rt abaixo de 1, Portugal apresenta "uma situação epidemiológica com transmissão comunitária de moderada intensidade e reduzida pressão nos serviços de saúde".
A análise das autoridades de saúde permite concluir que o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 por 100 mil habitantes a 14 dias "foi de 57 novos casos [na última semana], com tendência ligeiramente decrescente a nível nacional".
Já o indicador de transmissibilidade (Rt) está em valores inferiores a 1 a nível nacional (0,92) e nas várias regiões de saúde do continente.
O relatório revela que o número diário de casos de COVID-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente apresenta igualmente "uma tendência ligeiramente decrescente" e está "abaixo do valor crítico definido (245 camas ocupadas)".
No que aos testes realizados diz respeito, a nível nacional, o valor mantém-se "abaixo do objetivo definido de 4%". De realçar que há "um decréscimo do número de testes para deteção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos sete dias".
A proporção de casos confirmados notificados com atraso, por sua vez, "mantém-se abaixo do limiar de 10%".
Um dos critérios destacado pelos especialistas para manter a pandemia controlada diz respeito ao isolamento precoce de infetados e dos seus contactos. Ora, neste parâmetro, nos "últimos sete dias, 97% dos casos de infeção por SARS-CoV-2 foi isolado em menos de 24 horas após a notificação, e foi rastreado e isolado 81% dos seus contactos".
Em relação às variantes da Covid-19, a do Reino Unido - B.1.1.7 - é a que apresenta maior prevalência (91,2%), com base nas amostras recolhidas em abril.
Até ao dia 5 de maio, foram identificados também 77 casos da variante da África do Sul - B.1.351 -, ou seja, mais nove casos desde o relatório anterior. "A prevalência estimada desta variante diminuiu de 2,5% (março) para 1,3% (abril)", pode ler-se.
Outras das variantes, a da Índia, também circula em Portugal e, até ao dia 5 de maio, foram identificados sete casos desta estirpe (B.1.617).
"A análise global dos diversos indicadores sugere uma situação epidemiológica com transmissão comunitária de moderada intensidade e reduzida pressão nos serviços de saúde", conclui a DGS e o INSA.
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