A Câmara de Odemira informou que vai avançar com os procedimentos formais para que seja revista a decisão de regressão do concelho nas medidas de desconfinamento em vigor, anunciada esta quinta-feira, após a reunião de Conselho de Ministros.
Num comunicado divulgado ontem pela autarquia, é revelado que o coletivo da Câmara Municipal deliberou por unanimidade a solicitação à Direção Geral de Saúde (DGS) da "correção imediata da taxa de incidência, face ao número de casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias".
Também irá ser enviado um pedido ao Governo para a "consequente revisão das medidas adotadas ao concelho de Odemira, passando-o para o nível 1 (de 1 de maio) do desconfinamento".
Em causa está o anúncio realizado, ontem à tarde, pela ministra de Estado de da Presidência Mariana Vieira da Silva, após a reunião de Conselho de Ministros. A governante informou que 12 das 13 freguesias recuam da quarta para a terceira fase de desconfinamento, enquanto a freguesia de São Teotónio, que estava na segunda fase, avança um nível, ficando assim todo o concelho sob as mesmas regras.
Esta decisão foi tomada pelo Executivo com base nos dados epidemiológicos sobre o concelho partilhados pela DGS, que deu conta de que, neste momento, há 287 casos de Covid-19 por 100 mil habitantes em Odemira.
Contudo, o presidente da Câmara, José Alberto Guerreiro, garantiu que a informação que lhe foi transmitida pela Unidade Local de Saúde, é de 235 casos por cada 100 mil habitantes no concelho, o que não implicaria as penalizações anunciadas ontem pelo Governo.
Contactado pela Lusa, o coordenador de Saúde Pública na Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), Joaquín Toro, esclareceu que "os números reais são os da Direção-Geral da Saúde (DGS)". O mesmo responsável esclareceu que, "diariamente", os dados em relação aos casos de Covid-19 "são verificados e corrigidos", mas os da ULSLA têm "sempre um dia de atraso em relação aos da DGS".
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