"Alguma coisa não floriu nas pessoas que minimizam a violência doméstica"

UMAR critica decisão polémica de juíza que absolveu homem que arrastou mulher pelo pescoço, em plena via pública, em Paredes.

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Notícias ao Minuto
21/05/2021 21:40 ‧ 21/05/2021 por Notícias ao Minuto

País

Violência doméstica

A União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) mostrou-se, esta sexta-feira, revoltada com a decisão da juíza Isabel Pereira Neto de absolver um homem que arrastou a companheira pelo pescoço, em plena via pública, no passado mês de outubro.

Maria José Magalhães, responsável da UMAR, considera que, perante esta sentença, mais uma vez, se assiste a um retrocesso na Justiça portuguesa.

"É visível a violência de que foi exercida sobre ela e o Estado português fica impávido e sereno, tolerando a atitude dos agressores", atira, acrescentando que "parece que voltamos ao sistema feudal, é o feudo dos agressores".

Para Maria José Magalhães, "alguma coisa não floriu nas pessoas que minimizam a violência doméstica, alguma coisa não cresceu para considerarem admissível que outra pessoa seja assim degradada física e psicologicamente, quer no espaço público, quer no espaço privado".

Segundo a UMAR, só o ano passado, foram assassinadas 32 mulheres em Portugal.

Leia Também: Juíza absolve homem que arrastou mulher pelo pescoço em Paredes

 

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