A União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) mostrou-se, esta sexta-feira, revoltada com a decisão da juíza Isabel Pereira Neto de absolver um homem que arrastou a companheira pelo pescoço, em plena via pública, no passado mês de outubro.
Maria José Magalhães, responsável da UMAR, considera que, perante esta sentença, mais uma vez, se assiste a um retrocesso na Justiça portuguesa.
"É visível a violência de que foi exercida sobre ela e o Estado português fica impávido e sereno, tolerando a atitude dos agressores", atira, acrescentando que "parece que voltamos ao sistema feudal, é o feudo dos agressores".
Para Maria José Magalhães, "alguma coisa não floriu nas pessoas que minimizam a violência doméstica, alguma coisa não cresceu para considerarem admissível que outra pessoa seja assim degradada física e psicologicamente, quer no espaço público, quer no espaço privado".
Segundo a UMAR, só o ano passado, foram assassinadas 32 mulheres em Portugal.
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