ARS/Norte acusada de prejudicar enfermeiros com "apagão de pontos"

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR) acusou hoje a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte de "prejudicar" a progressão na carreira à maioria dos seus enfermeiros, ao decretar um "apagão de pontos" necessários para essa.

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© Filipa Matias Pereira | Notícias ao Minuto

Lusa
24/05/2021 20:39 ‧ 24/05/2021 por Lusa

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"A ARS do Norte está a prejudicar a progressão na carreira à maioria dos seus enfermeiros, ao decretar um apagão de pontos que estes profissionais conquistaram meritoriamente", referiu o sindicato, em comunicado à Lusa.

Esta decisão "tem potencial" para prejudicar a maioria dos 3.155 enfermeiros que compõem a ARS Norte, acrescentou.

A estrutura sindical explicou que cada vez que um enfermeiro acumula 10 pontos através das avaliações de desempenho tem direito a progredir para o escalão remuneratório seguinte, mas tal não garante uma progressão automática.

"Devido a congelamentos verificados nas progressões houve enfermeiros que, em 2019, avançaram para o escalão seguinte, mas já contabilizavam mais do que 10 pontos", sublinhou.

O SINDEPOR realçou que a ARS do Norte "vem agora dizer que os pontos acima de 10 ficam perdidos e não contam para a progressão seguinte, que desse modo é reiniciada a partir do zero".

A "esmagadora maioria" dos enfermeiros portugueses tem uma classificação de dois pontos por biénio, progredindo na carreira a cada 10 anos, caso não hajam congelamentos, reforçou a estrutura sindical.

A título de exemplo, o sindicato salientou que numa carreira de 35 anos de trabalho, estes profissionais sobem três vezes de patamar de vencimento.

"A legislação existente já restringe imenso as progressões salariais dos enfermeiros, mas, mesmo assim, há sempre quem queira prejudicar ainda mais a nossa classe", lamentou Carlos Ramalho, presidente do SINDEPOR, citado na nota de imprensa.

Exigindo que a decisão seja revertida, o presidente garantiu que o sindicato irá agir de todas as formas legalmente possíveis.

A Lusa tentou obter esclarecimentos da ARS do Norte, mas sem sucesso até ao momento.

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