Sistema de Alimentação de Aves Necrófagas do Tejo vai ser reativado
O Sistema de Alimentação de Aves Necrófagas do Tejo Internacional (SAANTI) vai retomar o seu funcionamento após um período de inatividade, anunciou hoje a associação ambientalista Quercus.
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País Quercus
Em comunicado enviado à agência Lusa, os ambientalistas referem que se pretende, até ao final do ano, o abastecimento regular dos quatro campos de alimentação comunitários para aves necrófagas presentes no PNTI e zona envolvente, em Vila Velha de Ródão, Malpica do Tejo (Castelo Branco), Rosmaninhal e Segura (Idanha-a-Nova).
"O SAANTI entrou em funcionamento em agosto de 2019, tendo sido recolhidos animais domésticos e selvagens que totalizam 28 toneladas de cadáveres e subprodutos que, em vez de enterrados, foram consumidos e reciclados por grifos, abutres-pretos, abutres-do-egipto e outras aves com hábitos parcialmente necrófagos, como corvos, milhafres-reais, águias-reais e águias-imperiais", lê-se na nota.
A Quercus sublinha que quase todas estas espécies "têm estatutos de conservação preocupantes" e, em relação às aves necrófagas, "a falta de alimento é um dos principais fatores de ameaça".
"Após um período de inatividade, o SAANTI retoma o pleno funcionamento ao abrigo de um protocolo de colaboração assinado entre o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a Quercus e o Fundo Ambiental, no âmbito da gestão colaborativa do PNTI", informa a associação ambientalista.
A Quercus adianta ainda que agora possível aos produtores e gestores a integração no SAANTI, sem nenhum custo, através do número de telefone 912 278 227.
"São recolhidos, em viatura especializada, ovinos e caprinos provenientes de explorações extensivas e subprodutos de atos cinegéticos, sendo que são elegíveis para recolha as explorações e associações que fazem parte dos municípios de Vila Velha de Ródão, Castelo Branco e Idanha-a-Nova", sublinham.
Nos próximos meses, a equipa da Quercus de Castelo Branco irá dinamizar sessões de esclarecimento e recrutamento de parceiros, nas freguesias integrantes e contíguas da área do PNTI.
O SAANTI foi criado pelo projeto "Compatibilizar a Gestão Cinegética à Conservação da Natureza", protocolado entre a Quercus, ICNF e o Fundo Ambiental, inserido no projeto-piloto para a gestão colaborativa do PNTI.
O principal objetivo é a recolha de animais de gado mortos em explorações extensivas e os subprodutos resultantes de atos cinegéticos, depositando-os em campos de alimentação licenciados para o efeito.
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