A ameaça do Tutti Frutti: Acusação tem menos de um dia e já há 'vítimas'

Processo conta com 60 arguidos, acusados de 463 crimes. Nas últimas horas já houve renúncias de mandato - adivinhando-se ainda várias suspensões.

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© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
05/02/2025 14:47 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Tutti Frutti

Dez anos após ter dado início ao megaprocesso Tutti-Frutti, o Ministério Público (MP) acusou, na terça-feira, 60 arguidos - 49 pessoas e 11 entidades - de 463 crimes.

 

O anúncio caiu que nem uma bomba entre os partidos políticos - nos seus membros ainda em cargos públicos. E os estilhaços atingiram os dois maiores partidos da atualidade, com renúncias e suspensões de mandatos (e pedidos delas) a caminho.

Ainda no dia de ontem, o deputado do PSD Luís Newton anunciou o seu pedido de suspensão do mandato como parlamentar.

Algo que o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, também espera, como disse hoje aos jornalistas, que o deputado (e arguido do processo) Carlos Eduardo Reis faça.

"Creio que as condições imediatas para o exercício do mandato não estão reunidas e espero que o senhor deputado Carlos Eduardo Reis possa também ele suspender o exercício do seu mandato", atirou.

Também esta quarta-feira, a vereadora do PS na Câmara Municipal de Lisboa, Inês Drummond, anunciou a renúncia ao mandato, por ser também uma das arguidas. Apesar disso, a ex-presidente da Junta de Freguesia de Benfica garante estar "muito tranquila".

Entre os restantes arguidos estão várias outras pessoas ligadas ao PS e PSD, como é o caso do ex-deputado 'laranja' Sérgio Azevedo, do ex-deputado municipal social-democrata Rodrigo Gonçalves da Silva, do presidente da Junta de Freguesia de Santo António, Vasco Morgado (PSD), de Ângelo Pereira, vereador da Câmara Municipal de Lisboa (PSD),  de Fernando Manuel Braamcamp, do presidente da Junta de Freguesia do Areeiro (PSD), de Ana Sofia Soares da Silva Figueiredo, do ex-presidente da Junta de Freguesia da Penha de França (PS), de Rui Paulo Figueiredo, do deputado municipal da AML (PS) e da Assembleia da República, entre outros.

Recorde-se que, na operação Tutti-Frutti, são investigados favorecimentos a militantes do PS e do PSD através de avenças e contratos públicos.

A investigação nasceu de uma denúncia anónima, feita em 2015, no portal informático das queixas da Procuradoria-Geral da República.

Os visados respondem por 463 crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, tráfico de influência, branqueamento, burla qualificada, falsificação de documento, abuso de poder e recebimento indevido de vantagem, algum dos quais na forma agravada.

A investigação arrastou-se durante uma década, alegadamente por falta de meios, mas também porque se tratava de um processo de grande complexidade.

Leia Também: Tutti Frutti: MP quer que 29 arguidos devolvam mais de 580 mil euros ao Estado

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