Loures quer compromisso do Governo para construir pavilhões em escola

O presidente da Câmara Municipal de Loures instou hoje o Ministério da Educação a comprometer-se com o financiamento da construção de um bloco de aulas na EB 2,3 Mário Sá Carneiro, em Camarate, prometido há 10 anos.

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Lusa
25/05/2021 11:33 ‧ 25/05/2021 por Lusa

País

Camarate

Bernardino Soares esteve hoje de manhã junto à EB 2,3 Mário Sá Carneiro, onde dezenas de pais, alunos, professores e funcionários fecharam a escola a cadeado em protesto contra o elevado estado de degradação dos equipamentos escolares, destacando-se dois pavilhões em madeira com mais de 40 anos.

"A comunidade educativa teve aqui uma ação de protesto contra a falta de compromisso do Ministério da Educação com o investimento num novo bloco de aulas. Esta situação, além de outras, é a de maior gravidade: é que há dois pavilhões de madeira que estão em avançado estado de degradação e desde 2009 o Ministério da Educação comprometeu-se a transferir financiamento para a câmara para que fizesse um novo bloco de aulas. Esse financiamento nunca veio e, por outro lado, continua a não haver um compromisso com a edificação desse novo bloco", disse à Lusa Bernardino Soares.

O presidente da Câmara de Loures, no distrito de Lisboa, lembrou que nesta escola está prevista para o verão, tal como noutros estabelecimentos do concelho, a retirada de fibrocimento.

"Nós consideramos que não é aceitável irmos pôr uma cobertura nova em pavilhões de madeira que estão totalmente degradados e que não têm as mínimas condições para a sua frequência", disse.

No entendimento de Bernardino Soares, é preciso uma solução imediata de demolição daqueles pavilhões e uma solução provisória para iniciar o próximo ano letivo.

"Sobretudo, que o Ministério da Educação se comprometa com o financiamento da construção do bloco de aulas que está prometido há mais de 10 anos. A câmara tem disponibilidade para também participar neste esforço, naturalmente, mas não se pode fazer sem a participação do Orçamento do Estado e do Ministério da Educação. A resposta que temos de ontem do ministério é que temos de aguardar para nos candidatarmos a fundos comunitários", contou.

O autarca comunista lembrou que esta escola é da responsabilidade do Ministério da Educação.

"Não sabemos se e quando vai haver fundos comunitários para reabilitar escolas no próximo quadro comunitário. Precisamos é do cumprimento do compromisso que já existe há mais de 10 anos de que vai haver um financiamento para que eventualmente se faça um novo bloco de aulas para substituir dois pavilhões de madeira degradados que ali estão", frisou.

Para o município, o melhor seria demolir os pavilhões e construir de novo: "Pôr uma cobertura nova em paredes completamente a cair... não sei se estruturalmente os pavilhões vão aguentar. É gastar mais de 200 mil euros quando o que precisávamos era demolir aqueles pavilhões e construir pavilhões de alvenaria completamente novos, tal como estava previsto. Não estamos a pedir nada que não esteja assinado e comprometido pelo Ministério desde 2009", disse.

A Câmara de Loures quer que seja lançado imediatamente o concurso de empreitada para construir este novo bloco de aulas.

O Agrupamento de Escolas D. Nuno Álvares Pereira, em Camarate, está situado em território educativo de intervenção prioritária (TEIP) e é constituído por sete escolas do ensino básico que vão desde o pré-escolar até ao 3.º ciclo, servindo cerca de 1.800 alunos.

A sede do Agrupamento é a EB 2,3 Mário de Sá Carneiro, uma escola com cerca de 800 alunos que ainda se encontra sob a responsabilidade do Ministério da Educação.

Leia Também: Bernardino Soares recandidata-se à Câmara de Loures

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