Emanuel Duarte Rodrigues Correia, jornalista na delegação da Madeira da agência Lusa nas últimas três décadas, morreu em 18 de maio no hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, com 62 anos, vítima de complicações associadas a um acidente vascular cerebral.
O líder parlamentar da bancada da maioria do PSD no parlamento madeirense referiu-se a Emanuel Correia como "um excelente profissional do jornalismo da região".
Jaime Filipe Ramos sublinhou que o jornalista era "competente, próximo, sabia interpelar as pessoas e, em especial, era de fácil trato", complementando que "sempre foi uma pessoa que tratava os outros com lisura, sem subterfúgios".
"Relatava a informação e não a opinião", sublinhou o parlamentar, acrescentando: "não existiram muitos como ele, sobretudo com a honestidade e a ética profissional que tinha".
O deputado do PSD recordou que Emanuel Correia "sempre respeitou o espaço [o parlamento regional], todos aqueles que trabalhavam na Assembleia e fora dela, relatando os acontecimentos de uma forma correta, certa, assertiva".
"O jornalismo da região perdeu um dos seus melhores e a região perdeu um jornalista puro", disse, reafirmando que a Assembleia da Madeira "perdeu um dos seus".
Por seu turno, Rafael Nunes, do JPP, também referiu que "o jornalismo da Madeira fica muito mais pobre com a partida de Emanuel Correia".
Lembrou que era conhecido como "o Correia da Lusa", realçando ser "um profissional isento, de fácil trato" e, "acima de tudo, uma pessoa íntegra, leal, com sentido de humor contagiante".
Na opinião do JPP, "a região e a Assembleia perderam uma boa pessoa que muito contribuiu para o jornalismo regional".
"Hoje olho em frente e não vejo o Emanuel [na cadeira que costumava ocupar na bancada dos jornalistas]", afirmou o deputado do PS Victor Freitas.
O parlamentar socialista lembrou que, durante muito anos, o jornalista da Lusa acompanhou os trabalhos parlamentares e realçou "o seu profissionalismo" e o facto de ser um jornalista que "transmitia os factos tal como ocorriam" na Assembleia da Madeira.
Victor Freitas também referiu que conheceu este profissional da comunicação social sempre como "o Correia da Lusa" e sustentou que "o jornalismo e o parlamento [regional] estão de luto".
"Adeus Emanuel Correia. Até sempre Correia da Lusa!", sublinhou.
O deputado único do PCP, Ricardo Lume, declarou que o jornalista "ao longo da sua vida prezou pela isenção e pelo sentido de justiça".
Ricardo Lume recordou que ele era "sempre o primeiro a chegar ao hemiciclo, cumprimentando efusivamente os deputados e os seus camaradas de profissão".
"Efetivamente é um jornalista que é uma referência para o jornalismo, uma pessoa que irá deixar muita saudade pela forma como vivia a sua vida e a forma aprazível e agradável como tratava as pessoas", disse.
O CDS-PP, através da deputada Ana Cristina Monteiro, associou-se aos votos de pesar, recordando o percurso de Emanuel Correia como jornalista do Jornal da Madeira e da agência Lusa, enfatizando a sua "competência e integridade" e o facto de ser uma pessoa sempre de "ânimo alegre".
Os vários partidos endereçaram à família, aos amigos e colegas "as mais sentidas condolências".
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