"Não vejo o primeiro-ministro a cometer ilegalidades. Será esclarecedor"

O ministro Adjunto e da Coesão territorial, Manuel Castro Almeida, escusou-se a "antecipar" as declarações do primeiro-ministro, mas concedeu que, na sua ótica, Luís Montenegro será "totalmente esclarecedor".

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Notícias ao Minuto com Lusa
01/03/2025 16:35 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Governo

O ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, considerou, este sábado, que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, será “totalmente esclarecedor” na sua comunicação ao país desta noite, depois de ter vindo a público que a empresa detida pela sua mulher e filhos recebe uma avença mensal de 4.500 euros do grupo Solverde.

 

"Esse assunto do primeiro-ministro será tratado hoje à noite e seria totalmente insensato da minha parte estar a antecipar o que o senhor primeiro-ministro vai dizer hoje. Ele vai ser totalmente esclarecedor, tenho a certeza. Basta esperar umas horas e ficaremos a saber", disse, em declarações à imprensa.

O governante referia-se à reunião extraordinária do Conselho de Ministros, agendada para as 18h00, na residência oficial de São Bento, à qual se seguirá uma declaração ao país, pelas 20h00, em que Montenegro dará conta das suas "decisões pessoais e políticas" sobre o caso.

Questionado quanto à possibilidade de Montenegro não participar na tomada de decisão sobre a concessão de casinos, Castro Almeida foi taxativo: "Isso é evidente [que não participa], seria ilegal e não estou a ver o primeiro-ministro a cometer ilegalidades; ele é muito criterioso nisso."

Recorde-se que Montenegro decidiu convocar o Conselho de Ministros na sexta-feira de manhã, depois de o jornal Expresso ter noticiado que o grupo de casinos e hotéis Solverde, sediado em Espinho, paga à empresa detida pela sua mulher e os filhos, a Spinumviva, uma avença mensal de 4.500 euros desde julho de 2021, por "serviços especializados de 'compliance' e definição de procedimentos no domínio da proteção de dados pessoais".

Em reação à notícia, o chefe do Governo disse aos jornalistas, no Porto, que faria "uma avaliação profunda" das suas condições pessoais, familiares e políticas e anunciaria uma decisão aos portugueses este sábado à noite, "para encerrar este assunto de vez."

Leia Também: Governo fragilizado? Ministros estão "com a consciência muito tranquila"

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