"É preciso evitar um discurso alarmista", apela Presidente da República

Marcelo Rebelo de Sousa comentou este sábado o aumento de casos em algumas regiões, assim como a chegada dos adeptos de futebol britânicos para assistir à final da Liga dos Campeões.

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© Estela Silva -Pool/Getty Images

Anabela Sousa Dantas
29/05/2021 16:37 ‧ 29/05/2021 por Anabela Sousa Dantas

País

Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República indicou, este sábado, que  a polémica gerada pelo caos criado nas ruas do Porto com a chegada dos adeptos de futebol britânicos se deve a "uma questão de comunicação" e que deve "ser uma lição para o futuro".

"Quando se fixa um limite e depois o limite é um bocadinho superior àquilo que era para ser ou é diferente daquilo que era para ser tem que se explicar porque é que é diferente", declarou aos jornalistas, depois de uma visita ao Banco Alimentar contra a Fome, em Lisboa.

"Houve circunstâncias que não correram, aparentemente, como havia sido dito que ia correr", admitiu, quando pressionado pelos jornalistas sobre se foi um ato falhado, mas sublinhou que "não nos devemos agarrar ao ato em si". "Devemos agarrar é à dificuldade de ir fazendo este processo de uma maneira que seja compreensível e aceitável para os portugueses", defendeu, considerando que "acontece" e constitui "uma lição para o futuro".

Marcelo Rebelo de Sousa disse que é necessário "ter bom senso" e "não dizer que vem aí uma tragédia". "Há coisas em que se tem de fechar e há coisas em que faz sentido abrir, não vale a pena criar a propósito disso um discurso que não dá para acreditar", afirmou.

"Porque se de repente há coisas que não batem certo com a realidade há uma perturbação e há uma crítica das pessoas", alertou também o Presidente da República.

Marcelo defendeu que a "situação mista" que se vive em Portugal atualmente, decorrente da situação pandémica, "exige um grande equilíbrio entre não facilitar e não alarmar". "Não podemos ser facilitistas, não podemos ser alarmistas", salientou.

O chefe de Estado já havia indicado que o país está "numa fase em que os números crescem em casos, nalgumas áreas, mas felizmente não crescem em internamentos, não crescem em cuidados intensivos e não estão a crescer em mortes".

"Isso quer dizer que a vacina está a fazer os seus passos. Isso quer dizer que, com mais variante ou menos variante, a que temos que estar atentos, a vacina está a cumprir a sua missão. É preciso apelar a que as pessoas não tenham dúvidas e se vacinem", afirmou.

"Estes meses próximos, baixando a idade, vão ser meses de avanço, mas, por isso mesmo, é preciso evitar um discurso alarmista, precisamente por isto: os portugueses cumprem quando acreditam naquilo que se lhes diz. Quando aquilo que se lhes diz cola à realidade", destacou, notando que é necessário encontrar "um discurso adequado à realidade, que não pode ser igual" ao usado em situações anteriores.

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