"Bem sei que com o que aconteceu na Champions [final da Liga dos Campeões que decorreu sábado no Estádio do Dragão] é difícil de justificar [a decisão de não fazer festas populares], mas tem de ser assim", disse Eduardo Vítor Rodrigues.
O autarca, que falava aos jornalistas no final da reunião de Câmara que decorreu esta tarde, não fez mais comentários sobre a polémica que marcou o fim de semana devido à vinda de adeptos ingleses ao Porto para assistir à partida entre o Chelsea e o Manchester City e ao relato de aglomerados de pessoas sem máscara, a consumir bebidas alcoólicas e sem cumprir o distanciamento social.
Questionado sobre o programa para a noite de São João, uma organização que tradicionalmente Vila Nova de Gaia divide com o Porto, Eduardo Vítor Rodrigues garantiu que não estão planeados festejos: "E isso inclui nem fogo-de-artifício nem concertos", enumerou.
"Há um acordo nesse sentido com a Câmara do Porto. Acho que a de Braga, se não anunciou, vai anunciar o mesmo. Isto à semelhança de Lisboa [com o Santo António]. Festividades de rua que impliquem ajuntamentos estão fora hipótese", reiterou.
Mas "para compensar os comerciantes" o autarca confirmou o que já tinha anunciado a 02 de maio sobre a criação de "minifeiras populares" em espaços que seja possível fechar para que seja controlada a lotação.
Parque Maria Adelaide (Arcozelo), parque de estacionamento do Estádio Jorge Sampaio (Pedroso), Quinta da Mesquita (Avintes) e Centro Cívico de Serzedo são os espaços escolhidos.
Os recintos serão controlados com o apoio da Polícia Municipal e reduzidos a divertimentos como carrosséis e roulottes de farturas e cachorros.
As iniciativas vão ter início no final de junho e durante os meses de julho e agosto, até ao início de setembro.
Quanto a outra festa muito tradicional em Vila Nova de Gaia, o São Pedro da Afurada, o autarca revelou que haverá missa campal presidida pelo bispo Manuel Linda e que o andor será levado de barco à entrada da barra por barcos de pescadores, recriando uma tradição antiga, mas "com restrições de acesso e limitação de lugares".
A iniciativa decorrerá sem vendedores de rua nem procissões, e na mesma ocasião será inaugurada a obra de requalificação da atual igreja, um projeto que custou à autarquia 135 mil euros.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.543.125 mortos no mundo, resultantes de mais de 170,2 milhões de casos de infeção, enquanto em Portugal morreram 17.025 pessoas dos 849.093 casos de infeção confirmados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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