Marcelo incentiva parlamentos a "papel reforçado" para resolver crises
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, incentivou hoje os parlamentos dos Estados-membros da União Europeia (UE) a terem um "papel reforçado no futuro" para corresponder "aos anseios dos europeus" na recuperação da crise provocada pela pandemia.
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Política Presidente da República
"Temos de corresponder aos anseios dos europeus. Esse é o vosso desafio no ciclo em que vamos entrar com os planos nacionais de Recuperação e Resiliência, com a Europa social, com a projeção externa da União Europeia, com o reforço da democracia e dos princípios democráticos, tudo realidades indissociáveis e inseparáveis", vincou o chefe de Estado português no encerramento da LXV Conferência dos Órgãos Especializados em Assuntos da União dos Parlamentos da União Europeia (COSAC), que decorreu virtualmente entre segunda-feira e hoje.
Marcelo Rebelo de Sousa referiu que a Europa está a viver um "momento particularmente difícil" provocado pela pandemia e que desencadeou uma "crise económica e social, perda de protagonismo no mundo fechado à escala global, necessidade de pensar o futuro e pensar com criatividade, com inovação e com coragem".
"Incentivo-vos a um papel reforçado no futuro", referiu o Presidente da República, acrescentando que "em tempo de crise" se aprendeu "o reforço da democracia europeia, da representatividade, do papel dos Parlamentos nacionais, do seu papel conjunto à escala europeia, evitando que os europeus descolem das instituições, que deixem de se reconhecer nas instituições nacionais primeiro, europeias depois".
O chefe de Estado de Portugal lembrou ainda que os parlamentos de cada Estado-membro da UE têm "uma proximidade das pessoas que os governos não têm", ao nível da "legitimidade democrática em termos representativos", da diversidade e do multipartidarismo e também "na diversidade" existente nos parlamentos.
"A Europa merece-o, mas, sobretudo, os europeus merecem-no. E é ao serviço dos europeus que todos vós, que todos nós, exercemos o nosso papel institucional pensando neles, todos os dias, reforçando os seus direitos, correspondendo às suas expectativas, e assim construindo uma Europa maior", concluiu.
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