A ministra da Saúde, Marta Temido, garantiu hoje que a vacinação dos adolescentes em Portugal é "uma questão de tempo", reiterando que o plano irá continuar a seguir a ordem decrescente de idades.
"Com a possibilidade e autorização das entidades europeias para vacinação de adolescentes, temos um caminho para continuar a fazer nessa área", explicou, no final de uma visita à Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Batalha. "Agora vamos continuar a abrir novas faixas etárias de vacinação, com a expectativa de que tenhamos estas faixas mais jovens a poder autoagendar-se algures em julho."
Temido sublinhou que o primeiro objetivo da campanha de vacinação era salvar vidas, o segundo era "proteger a resiliência do Estado" e o terceiro "pôr a economia a funcionar o mais normalmente possível e, portanto, estamos agora em condições de avançar para faixas etárias mais jovens".
Perante os jornalistas, a ministra adiantou ainda que já foram administradas seis milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 no país, das quais 3,8 milhões são primeiras doses.
"Temos 22% da nossa população imunizada e 40% com a primeira dose", referiu.
Já no que diz respeito à vacinação de mulheres grávidas, a ministra da Saúde lembrou que a Direção-Geral de Saúde (DGS) está a criar orientações nacionais e não tem conhecimento que o processo esteja concluído.
Também na Batalha, a ministra revelou que tomou as duas doses da vacina da AstraZeneca, apesar de ter menos de 60 anos e, portanto, ter a hipótese de escolher receber a segunda dose da vacina da Pfizer ou da Moderna.
Questionada sobre a situação de um centro de vacinação de Lisboa ter administrado a segunda dose da vacina da AstraZeneca a menores de 60 anos, por ser a única disponível, a ministra da Saúde lembrou que os utentes dessa faixa etária podem optar por receber, ainda assim, uma segunda dose igual à primeira.
[Notícia atualizada às 16h17]
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