Após Espanha ter retificado a restrição imposta a Portugal nas fronteiras terrestres, o Presidente da República deu por encerrada a matéria, reiterando que se tratou de "um lapso".
"Está ultrapassado o problema. Foi um lapso", defendeu Marcelo Rebelo de Sousa, esta terça-feira, em declarações aos jornalistas, na Madeira.
O Presidente da República também sublinhou que, resolvido o problema, devemos agora ter os olhos postos no futuro.
"Agora, vamos em frente. Aquilo que nos une e aquilo que temos de fazer em conjunto é mais importante do que pequenos lapsos", considerou.
Sobre a forma com Espanha geriu a situação, Marcelo Rebelo de Sousa destacou ainda que a matéria não chegou sequer a ter expressão no plano político.
"Felizmente, foi uma realidade que não existiu em termos políticos e isso é que importa nas relações fraternas entre os países", afirmou.
O Governo espanhol pediu, esta terça-feira, "desculpa" pela "confusão" e disse que irá proceder na quarta-feira à revisão de "todo o documento" que obriga a viajar com certificado de vacinação entre Portugal e Espanha.
"O próprio ministério da Saúde [espanhol] já transmitiu que efetivamente, no que diz respeito a deslocações por terra com Portugal, vai-se voltar aonde se estava. Quer dizer, não se vai requerer nenhum tipo de prova, nenhum tipo de protocolo adicional além do que já se pedia", disse María Jesús Montero na conferência de imprensa depois da reunião do Conselho de Ministros espanhol.
O executivo espanhol recua assim nas suas intenções, depois de ter anunciado que "a partir de 7 de junho todas as pessoas com mais de seis anos que cruzem a fronteira terrestre entre Portugal devem dispor de alguma das certificações sanitárias exigidas a todos os passageiros que entrem em Espanha por via aérea e marítima".
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