Numa altura em que as autoridades concentram todos os esforços para encontrar Noah, o menino de dois anos que está desaparecido desde ontem em Proença-a-Velha, recordamos três casos cujo desfecho foi o melhor.
Em 2014, Daniel, de 18 meses, desapareceu na Calheta, na Madeira. O menino foi encontrado três dias depois perto da casa onde havia sido visto pela última vez. A criança foi encontrada a cerca de 1.100 metros da mesma casa dos familiares, por levadeiros [profissionais que tratam da manutenção dos cursos de água nas serras da ilha], na Levada do Nova, "no meio de fetos secos", com a roupa molhada, sinais de hipotermia, as mãos com sinais de exposição ao frio e os pés enrugados devido à humidade.
Os contornos do caso viriam a revelar-se complexos. A mãe do menino era suspeita de tentativa de vender a criança, e chegou a ser acusada pelo Ministério Público de rapto e tráfico de pessoas mas foi absolvida pelos juízes por falta de provas.
Em outubro de 2016, o bebé Martim deixou o país em suspenso. O menino de dois anos esteve perdido durante mais de 24 horas, na zona de Ourém. Foi encontrado bem de saúde por militares da GNR, a dois quilómetros de casa. Martim estava em casa dos avós maternos, na localidade de Amieira, concelho de Ourém, quando desapareceu depois de a avó se ausentar, deixando o menino sozinho na rua apenas alguns minutos.
Os militares que encontraram o menino partilharam o momento nas redes sociais: "É com enorme satisfação que partilhamos o momento em que encontrámos o Martim! O Martim foi localizado esta manhã, pelas 10h00 horas, por militares da GNR, na sequência das ações de busca que estavam a ser realizadas desde o dia de ontem. O Martim está bem de saúde e de regresso à sua família".
No ano seguinte, em 2017 outra criança esteve desaparecida durante 15 horas em Póvoa do Lanhoso. Iuri foi encontrado bem de saúde, a cerca de 900 metros de sua casa, depois de ter passado a noite na rua, por uma vizinha que ouviu os gemidos da criança. O bebé, de 18 meses, desapareceu no dia 4 de julho desse ano, por volta das 20h00, da casa dos pais em Serzedelo, Póvoa de Lanhoso, distrito de Braga. Estaria a brincar dentro da habitação momentos antes de os pais lhe perderem o rasto, segundo o diretor da PJ de Braga. Segundo Gil Carvalho, a criança terá andado sem destino até encontrar uma cancela que não conseguiu passar.
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