Escolas pedem urgência nas orientações sobre devolução de manuais
Os diretores escolares alertam o Ministério da Educação para a urgência de enviar orientações sobre a devolução dos manuais escolares, uma vez que o processo é moroso e, com as aulas a chegar ao fim, há "muitos pais confusos".
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País Educação
Na véspera do fim do ano letivo para os alunos do 9.º, 10.º, 11.º anos, os diretores escolares continuam a aguardar indicações do Ministério da Educação sobre o processo de reutilização dos manuais escolares, disse à Lusa o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas.
"No ano passado, a meio da entrega dos manuais, a Assembleia da República lembrou-se de brincar às escolinhas. Tivemos de interromper o processo e devolver os manuais que os pais já tinham entregado", recordou Filinto Lima.
O programa de gratuitidade de manuais escolares no ensino obrigatório prevê a reutilização dos livros, mas, no passado ano letivo, a devolução foi suspensa a meio do processo devido à pandemia de covid-19.
"Este é um processo que exige tempo e dá muito trabalho. Os professores e às vezes outros funcionários têm de analisar manual a manual para ver se estão em condições de voltarem a ser utilizados", explicou Filinto Lima, que é também diretor do agrupamento de escolas Dr. Costa Matos, em Vila Nova de Gaia.
O representante dos diretores disse que algumas escolas optaram por começar a sensibilizar os pais para a necessidade de devolverem os manuais, mas a maioria "está a espera de orientações, até porque gato escaldado de água fria tem medo".
Do lado das famílias, Filinto Lima reconheceu que há "muitos pais que estão um bocado confusos, por causa do que aconteceu no ano passado" e por isso pede urgência à tutela.
"É urgente que o Ministério da Educação, quanto antes, faça o seu trabalho e que a Assembleia da República não se lembre de voltar a brincar às escolinhas", pediu.
Entre as dúvidas quanto ao processo de reutilização está, uma vez que não houve reutilização no ano passado, saber se os alunos terão agora de devolver os manuais dos dois anos letivos ou apenas os utilizados este ano.
Outra das questões prende-se com a eventual necessidade de os manuais voltarem a ser necessários para o trabalho de recuperação das aprendizagens que não foram dadas ou que precisem de ser consolidadas.
Questionada pela Lusa, fonte do gabinete do Ministério da Educação adiantou que muito em breve iriam ser enviadas para as escolas as orientações sobre o processo de devolução dos manuais escolares.
Este ano, os alunos do 9.º, 10.º e 11.º anos terminam as aulas na sexta-feira, seguindo-se os do 7.º, 8.º e 10.º anos que acabam a 23 de junho. Os mais novos vão ter aulas até 8 de julho.
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