No projeto de voto, ao qual a agência Lusa teve acesso e que partiu do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, refere-se que a Assembleia Geral das Nações Unidas procede na sexta-feira, em Nova Iorque, "à votação da recomendação unânime do Conselho de Segurança para a recondução" do antigo primeiro-ministro português no cargo de secretário-geral das Nações Unidas.
"Um ato formal que antecederá o juramento e a posse para um segundo mandato à frente da mais importante organização multilateral internacional, reunindo 193 Estados-membros", salienta-se no texto da resolução - uma iniciativa de Ferro Rodrigues, que foi ministro dos dois governos liderados por António Guterres (1995/2002) e que lhe sucedeu no cargo de secretário-geral do PS.
No voto, considera-se que esta decisão, "que tanto orgulha Portugal e os portugueses, é uma consequência da forma competente, rigorosa e empenhada como António Guterres exerceu o cargo de secretário-geral nos últimos cinco anos, bem como a força da sua liderança, ancorada nos valores e princípios essenciais em que assenta a Organização das Nações Unidas (ONU).
"Depois de um longo processo, com audições e debates, pautado por uma grande transparência, em que a sua candidatura saiu claramente vencedora, e de cinco anos com grande exigência, marcados por grandes tensões e pela mais grave crise pandémica da História recente, António Guterres recebe, por unanimidade, o voto de confiança do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o que se deve às suas qualidades humanas, políticas e intelectuais e à forma como colocou as suas muitas e diversificadas capacidades ao serviço dos povos e das nações", lê-se no texto.
Este percurso, de acordo com o teor deste voto, prova que, "tal como há cinco anos, António Guterres é a personalidade mais preparada para enfrentar a complexidade dos problemas do mundo atual".
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