A marcha decorre no dia em que se assinalam 46 anos desde a independência de Moçambique, em 25 de junho de 1975.
A iniciativa tem início marcado para as 14:00 junto da sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa, e passará pela Avenida da Liberdade, prevendo chegar à embaixada de Moçambique em Portugal pelas 15:00.
A plataforma Salvar Cabo Delgado, que em abril realizou também uma vigília junto da sede da CPLP, pretende "manifestar a solidariedade dos povos lusófonos para com as vítimas dos ataques em Cabo Delgado e sensibilizar a sociedade civil para o drama que ali se vive".
A plataforma conta ainda entregar uma carta ao embaixador moçambicano em Portugal, Joaquim Bule.
Na missiva, a organização da marcha refere que a situação em Cabo Delgado exige "a maior atenção, solidariedade e empenho" de todos.
"Não podemos aceitar que a província moçambicana se torne mais uma vítima do fundamentalismo (pretensamente) religioso e do terrorismo. Exortamos, pois, o Governo da República de Moçambique a solicitar o empenhamento de toda a CPLP (...), de modo a, no imediato, pacificar o território, bem como (...) a promover, com esse apoio internacional, um maior desenvolvimento da região, para benefício de toda a população aí residente", concluem na carta.
Grupos armados aterrorizam a província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.800 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e 732.000 deslocados, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).
Ainda segundo a ONU, mais de 900.000 pessoas estão sob insegurança alimentar severa em Cabo Delgado e as comunidades de acolhimento estão também a precisar urgentemente de abrigo, proteção e outros serviços.
[Notícia atualizada às 18h14]
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