Tem sido feito "todo o esforço" para reforçar orçamento do SNS
A ministra da Saúde, Marta Temido, assegurou hoje que o Governo tem feito "todo o esforço" para reforçar o orçamento do Serviço Nacional de Saúde e capacitar o SNS com os meios necessários, nomeadamente de recursos humanos.
© Lusa
País Marta Temido
Marta Temido comentava as críticas do Conselho Estratégico Nacional de Saúde da CIP - Confederação Empresarial de Portugal - de que as dívidas do Serviço Nacional de Saúde por pagar há mais de 90 dias aumentaram 91 milhões de euros só em maio.
A CIP refere que os atrasos nos pagamentos "mais do que triplicaram desde maio de 2020 e mais do que duplicaram desde o início do ano", passando de 211 milhões para 485 milhões de euros, e acusa o Governo de estar "a asfixiar financeiramente" o Serviço Nacional de Saúde (SNS), com uma execução orçamental "extraordinariamente deficitária" e um corte inédito nas verbas.
Perante estas críticas, a ministra da Saúde afirmou aos jornalistas, à margem da cerimónia de inauguração da Nova Ala do Serviço de Radioterapia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, que "todo o esforço de reforço do orçamento do Serviço Nacional de Saúde tem sido feito".
"Houve um aumento dos pagamentos em atraso e um aumento da dívida vencida, quer face a dezembro quer face a maio homólogo, mas nós sabemos que a evolução da dívida e dos pagamentos em atraso tem várias flutuações ao longo do ano e, neste momento, aquilo que também é a receita do Serviço Nacional de Saúde nos primeiros cinco meses do ano decresce face ao período homólogo", adiantou.
A ministra Marta Temido frisou que este é "um trabalho contínuo" feito entre os ministérios da Saúde e Finanças e relativamente ao qual se pode "ter a confiança de que haverá uma continuidade".
O trabalho, apontou, será feito no sentido da "manutenção da aposta que tem sido feita do reforço do SNS e da dotação do SNS pelos meios necessários" para continuar a fazer investimentos como o realizado no Hospital Santa Maria, onde foram hoje inaugurados dois novos aceleradores lineares e uma tomografia computorizada de planeamento no Serviço de Radioterapia.
Segundo a ministra da Saúde, também vão continuar as contratações de recursos humanos, uma matéria na qual o Governo tem "investido largamente" porque neste momento são essenciais para "servir os portugueses e o Serviço Nacional de Saúde".
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