A variante Delta (B.1.617.2) é a estirpe do novo coronavírus mais prevalente em Portugal, "com uma frequência relativa de 89,1%", na última semana de junho, revela esta terça-feira o relatório da diversidade genética do novo coronavírus realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.
"Como esperado, a sua frequência [da variante Delta] tem aumentado em todas as regiões durante o mês de junho", é sublinhado no relatório.
Contudo, de acordo com a análise realizada, verificou-se um "forte incremento" desta variante na região Norte, com um aumento de 17,7% para 71,1% de prevalência, na Madeira, de 12,5% para 85,7%, e nos Açores, de 0% para 64,7%.
O relatório informa também que, do total de sequências da variante Delta analisadas, "55 apresentam a mutação adicional K417N na proteína 'Spike'". Contudo, esta sublinhagem da Delta - 'AY.1', também conhecida como 'Delta Plus' - não evidenciou "uma tendência crescente" no mês passado, "tendo sido detetada a uma frequência relativa inferior a 1%" na última semana de junho.
Variante britânica continua a decrescer
Quanto à prevalência de outras estripes, a variante Alpha (B.1.1.7), também conhecida como variante britânica, "continua com o seu forte decréscimo de frequência a nível nacional, apresentando uma prevalência de 9.8%.
Por outro lado, quantos às variantes Beta (B.1.351) e Gamma (P.1), associadas à África do Sul e ao Brasil (Manaus) respetivamente, "mantêm-se baixas e sem tendência crescente nas últimas amostragens" em todo o país.
Já sobre a circulação da variante B.1.621, detetada inicialmente na Colômbia, regista-se uma prevalência entre 1.0% e 0.4% e foram identificados apenas dois casos, desde abril deste ano, em Portugal da variante Lambda (C.37), que tem atualmente forte circulação no Peru e no Chile.
Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais 2.170 novos casos de Covid-19 e uma morte relacionada com a doença, indicou, esta terça-feira, o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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