Sotavento algarvio com aumento da área em seca severa no final de junho

O sotavento algarvio registou no final de junho um aumento da área em seca severa, mantendo-se a seca meteorológica na região sul, mas estendendo-se agora até aos distritos de Lisboa e Santarém, segundo o IPMA.

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Lusa
08/07/2021 13:06 ‧ 08/07/2021 por Lusa

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De acordo com o índice meteorológico de seca (PDSI) disponível hoje na página do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no final de junho verificou-se um aumento da área em seca severa no sotavento algarvio enquanto o Baixo Alentejo e o Barlavento algarvio estão na classe de seca moderada.

No final do mês, 45,3% de Portugal continental estava em seca normal, 27,7% em seca fraca, 11,8% em seca moderada, 10,5% em chuva fraca e 4,7% em seca severa (1,5% no final de maio).

O instituto classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre "chuva extrema" e "seca extrema".

De acordo com o IPMA, existem quatro tipos de seca: meteorológica, agrícola, hidrológica e socioeconómica.

A seca meteorológica está diretamente ligada ao défice de precipitação, quando ocorre precipitação abaixo do que é normal.

Além do índice de seca, o Boletim Climatológico indica que o mês de junho em Portugal continental classificou-se como normal em relação à temperatura do ar e em relação à precipitação.

Segundo os dados do relatório, o valor médio de temperatura média do ar (19,43 graus Celsius) foi igual ao valor normal 1971-2000, no entanto foi o 5.º valor mais baixo desde 2000.

O valor médio de temperatura mínima do ar (12,94 graus) foi o 4.º mais baixo desde 2000 e o valor médio de temperatura máxima do ar (25,91 graus) foi superior ao normal.

O IPMA refere também que durante o mês e junho verificou-se alguma variabilidade dos valores médios diários de temperatura do ar em particular da temperatura máxima.

Nos primeiros dias do mês e, entre 17 e 22, observaram-se valores diários de temperatura máxima do ar inferiores à normal mensal e entre 5 e 15 e 24 a 26 foram superiores à normal.

Em relação à temperatura mínima do ar verificaram-se valores inferiores ao valor médio mensal em grande parte dos dias, segundo o IPMA.

O menor valor da temperatura mínima foi registado no dia 4 em Carrazeda de Ansiães, distrito de Bragança (2,6 graus Celsius) e o maior valor em Santarém no dia 25 com 39,4 graus.

O relatório destaca também que no final do mês de junho e em relação ao final de maio, verificou-se uma diminuição dos valores de percentagem de água no solo em todo o território e em particular na região Nordeste do território e nos distritos de Setúbal, Beja e Faro, onde se registaram, em muitos locais, valores de percentagem de água no solo inferiores a 20%.

O valor médio da quantidade de precipitação em junho (30,8 milímetros) foi muito próximo do valor normal 1971-2000, correspondendo a 95%.

No entanto, durante o mês verificou-se a ocorrência de precipitação entre os dias 11 e 20 em especial nas regiões do Norte e Centro com ocorrência de fenómenos meteorológicos severos, nomeadamente de granizo, trovoada e rajadas de vento convectivas fortes

O Boletim Climatológico destaca também que o mês de junho de 2021 igualou o mês de junho de 2018 e foi o quarto mais quente já registado em todo o mundo, após os meses de junho em 2016, 2019 e 2020.

Este mês foi consideravelmente mais quente do que a média em grande parte da Europa, tendo-se registado temperaturas muito altas na Finlândia e na parte oeste da Rússia.

A média de junho foi a mais alta de sempre (desde 1844) em Helsínquia, e em Moscovo foi registado o dia mais quente de junho.

Em contraste, as temperaturas médias deste mês foram próximas ou inferiores à média no sudeste do continente, Península Ibérica, oeste da Irlanda e Islândia.

Leia Também: América do Norte viveu este ano o mês de junho mais quente de sempre

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