Madeira antecipou-se sem "minimizar" pandemia, aponta Albuquerque

O presidente do Governo da Madeira afirmou hoje que o executivo madeirense atuou por antecipação e sem "minimizar" esforços para combater a covid-19 e adotou as medidas que considerou necessárias, sem contar com o apoio da República.

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© Pedro Rocha/Global Imagens

Lusa
22/07/2021 14:43 ‧ 22/07/2021 por Lusa

País

Covid-19

 

"O Governo que lidero nunca minimizou a ameaça pandémica [...) Os efeitos sociais e económicos devastadores que resultam desta pandemia nunca foram minimizados pelo meu Governo", afirmou Miguel Albuquerque no debate sobre o Estado da Região, fazendo um balanço da atuação do executivo madeirense de coligação PSD/CDS no último ano.

O governante apontou que "também nunca teve qualquer dúvida quanto àquela que era prioridade essencial", a salvaguarda da saúde e vida dos madeirenses, e adotou "todas as medidas, mesmo as mais difíceis, alocando os recursos necessários, em tempo recorde, para esse fim".

Miguel Albuquerque insistiu que, "se algum ingénuo ainda tinha dúvidas quanto à solidariedade que a Madeira e os madeirenses podiam e podem esperar do Estado Central e do Governo Socialista de Lisboa, estas depressa desapareceram logo nas primeiras semanas da crise pandémica".

"Nem uma palavra de apoio, nem um euro de ajuda", sublinhou, apontando que a região "mais uma vez teve que se valer dos seus parcos recursos para enfrentar a crise de Saúde Pública e fazer frente às dificuldades económicas e sociais subsequentes".

O chefe do executivo insular recordou que, "quando os madeirenses mais precisavam, o Governo da República teve o desplante de recusar um aval ao empréstimo que a região necessitou de contrair, para fazer face às despesas da pandemia, o qual não implicava qualquer encargo para o Estado e que atenuaria os juros a pagar pela Madeira".

O governante madeirense salientou que, entre 2020 e 2021, o Governo Regional investiu 560 ME em apoios que enunciou na área da saúde, social e em 17 linhas de ajudas às empresas para fazer face às consequências da crise.

"A verdade é que atuámos sempre por antecipação, com clareza, não minimizando os riscos nem deixando à sorte ou ao acaso a solução dos problemas", enfatizou Miguel Albuquerque.

Esta atuação permitiu "conter a proliferação da doença" no arquipélago e "projetar externamente o território como destino seguro e confiável", referiu.

O líder madeirense realçou que a Madeira "foi a primeira região do país a adotar um Plano de Contingência para a covid-19", a implementar o uso de máscaras, a operação de triagem e controlo nos aeroportos, portos e marinas, a oferta de testes na origem nacional, o funcionamento da aplicação da Madeira Safe, além da realização massiva e gratuita de testes à comunidade educativa, dos profissionais da área social, segurança e proteção civil.

"A abertura do corredor verde a partir de 04 de janeiro de 2021 foi mais uma iniciativa onde a região foi pioneira, com um impacto muito positivo junto dos mercados emissores do nosso turismo", sublinhou.

Outro aspeto que destacou foram as obras estruturais realizadas nos hospitais "em tempo recorde", visando "assegurar e alargar a capacidade de resposta do para eventuais períodos pandémicos mais agudos".

O Plano Regional de Vacinação, com a criação de centros em todos os concelhos, tem permitido "boa organização, transparência, celeridade e eficácia" na administração das vacinas, tendo sido feitas mais de 274 mil inoculações até hoje, mencionou

Miguel Albuquerque indicou que o objetivo do executivo "foi sempre o de evitar parar por completo a atividade económica, assegurar a sobrevivência das empresas, garantir os postos de trabalho e apoiar os cidadãos e famílias mais vulneráveis", compatibilizando os apoios "com as medidas sanitárias e de prevenção da Saúde Pública que se imponham aplicar em cada momento".

Segundo o chefe do executivo insular, a pandemia teve "choques que foram assimétricos", tendo atingido de forma mais grave os setores do turismo, restauração e serviços assimétricos, enquanto as empresas tecnológicas, o imobiliário e a construção civil foram menos afetados.

No entanto, Miguel Albuquerque frisou que "os primeiros sinais de recuperação económica e social já são visíveis no horizonte".

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