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Ministro da Defesa destaca "liderança militar" e "capacidade estratégica"

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, destacou a "liderança militar" e a "capacidade estratégica", na revolução portuguesa de 25 de abril de 1974, de Otelo Saraiva de Carvalho, que morreu hoje de madrugada, em Lisboa.

Ministro da Defesa destaca "liderança militar" e "capacidade estratégica"
Notícias ao Minuto

16:46 - 25/07/21 por Lusa

País João Gomes Cravinho

"Expresso o meu pesar pela morte de Otelo Saraiva de Carvalho, que contribuiu de forma decisiva para a concretização da revolução de 25 de abril de 1974, através da sua liderança militar e capacidade estratégica, permitindo pôr fim à ditadura e abrir caminho à democracia em Portugal. Hoje evoco o seu papel na conquista da Liberdade", lê-se numa "nota de pesar" do Ministério da Defesa, assinada por João Gomes Cravinho.

Otelo Saraiva de Carvalho, militar e estratego da "Revolução dos Cravos", morreu hoje de madrugada aos 84 anos, no Hospital Militar, em Lisboa.

Nascido em 31 de agosto de 1936 em Lourenço Marques, atual Maputo, Moçambique, Otelo Nuno Romão Saraiva de Carvalho teve uma carreira militar desde os anos 1960 e fez uma comissão durante a guerra colonial na Guiné-Bissau, onde se cruzou com o general António de Spínola, até ao pós-25 de Abril de 1974.

No Movimento das Forças Armadas (MFA), que derrubou a ditadura de Salazar e Caetano, foi ele o encarregado de elaborar o plano de operações militares e, daí, ser conhecido como 'estratego do 25 de abril'. 

Depois do '25 de abril', foi comandante do COPCON, o Comando Operacional do Continente, durante o Processo Revolucionário em Curso (PREC), surgindo associado à chamada esquerda militar, mais radical, e foi candidato presidencial em 1976. 

Na década de 1980, o seu nome surge associado às Forças Populares 25 de Abril (FP-25 de Abril), organização armada responsável por dezenas de atentados e 14 mortos, tendo sido condenado, em 1986, a 15 anos de prisão por associação terrorista. Em 1991, recebeu um indulto, tendo sido amnistiado cinco anos depois, uma decisão que levantou muita polémica na altura.

Leia Também: As homenagens ao "construtor" do sonho de "viver em liberdade"

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