Em declarações à Lusa, Ricardo Rio sublinhou que o concelho conseguiu atrair gente de outros pontos do país e de "praticamente todos os continentes".
"A principal razão é a qualidade de vida, na plena aceção da expressão, que a cidade e o concelho de Braga propiciam", referiu, aludindo a "boas" infraestruturas, a serviços "qualificados" e a uma dinâmica económica e empresarial "muito viva, que gera oportunidades de emprego para todos".
De acordo com os resultados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos aos Censos 2021, hoje divulgados, o concelho de Braga foi o que registou o maior crescimento no número de habitantes, perfazendo agora um total de 193.333 mil cidadãos residentes.
Estes números equivalem a um crescimento de 11.839 (+6,5%) habitantes face aos dados obtidos nos anteriores Censos, que datam de 2011.
Também no número de habitações existentes no concelho de Braga se registou um aumento, passando de 84.648 mil em 2011 para 89.343 mil habitações.
Segundo Ricardo Rio, o concelho de Braga cresceu também "muito graças às migrações" registadas nos últimos anos, aspeto em que a comunidade brasileira tem um peso muito importante".
O autarca sublinhou ser necessário esperar por dados mais detalhados dos Censos de 2021, mas admitiu que poderão ser cerca de 10 mil os brasileiros residentes em Braga
Disse ainda que a comunidade estrangeira poderá significar entre 7 a 8% da população total residente no concelho.
No total, o distrito de Braga, com 14 municípios, perdeu 1.670 habitantes na última década, sobretudo em Terras de Bouro e Celorico de Basto.
O distrito tem atualmente 846.515 habitantes, face aos 848.185 registados em 2011, uma diminuição de 0,2%.
Além de Braga, só outros dois concelhos deste distrito registaram aumento de residentes: Esposende, que passou de 34.254 para 35.145 habitantes este ano (+2,6%), e Vizela, que agora tem 23.903 residentes, em comparação com os 23.736 verificados em 2011 (+0,7%).
Portugal tem 10.347.892 residentes, menos 214.286 do que em 2011, segundo os resultados preliminares dos censos 2021, hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Trata-se de uma quebra de 2% relativamente a 2011, consequência de um saldo natural negativo (-250.066 pessoas, segundo os dados provisórios).
Os dados preliminares mostram que há em Portugal 4.917.794 homens (48%) e 5.430.098 mulheres (52%).
O Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa (AML) foram as únicas regiões que registaram um crescimento da população nos últimos 10 anos.
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