O juiz Carlos Alexandre aceitou, esta quinta-feira, a nova proposta de Luís Filipe Vieira para o pagamento da caução de três milhões de euros que o ex-presidente do Benfica tem de pagar no âmbito da Operação Cartão Vermelho. A informação é avançada pela SIC Notícias.
Como garantia, avança o canal, o Vieira propôs a "entrega de dinheiro e imóveis avaliados em 2,8 milhões de euros, em nome de sociedades dos dois filhos".
De recordar que, em 28 de julho, Carlos Alexandre considerou que os bens apresentados por LFV, no âmbito do processo Cartão Vermelho, não eram suficientes para garantir a caução exigida. O Tribunal Central de Instrução Criminal tinha determinado que o ex-presidente do Benfica ia permanecer em prisão domiciliária até ao pagamento da caução.
Em 29 de julho, o advogado Magalhães e Silva assegurou ter sido notificado apenas nesse dia da decisão do juiz Carlos Alexandre, apesar de o juiz de instrução do processo ter proferido na terça-feira o despacho que subscreveu a posição do Ministério Público (MP) para um reforço das garantias apresentadas.
Carlos Alexandre aplicou também como medidas de coação a Luís Filipe Vieira a proibição de sair do país, com a entrega do passaporte, e de contactar com os outros arguidos do processo: o empresário José António dos Santos e o advogado e agente Bruno Macedo, sendo a exceção o filho do ex-presidente 'encarnado', Tiago Vieira, outro dos quatro detidos.
Em causa, segundo o MP, estão "negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades", ocorridos "a partir de 2014 e até ao presente", suscetíveis de configurar "crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento".
[Notícia atualizada às 14h41]
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