O relatório desta semana do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal revela que a variante Delta representa 98,9% dos casos no nosso país e que não há novos casos de Lambda.
De acordo com o INSA, entre as sequências analisadas, a variante Delta (B.1.617.2) é a variante mais prevalente em Portugal com uma frequência relativa de 98,9% na semana 30 (26 de julho a 1 de agosto), estando acima de 95% em todas as regiões.
Já as variantes Beta (B.1.351) e Gamma (P.1), associadas inicialmente à África do Sul e ao Brasil (Manaus), respetivamente, mantêm-se com prevalência baixa e sem tendência crescente, sendo que não foi detetado nenhum caso destas linhagens esta semana.
Também da variante Lambda (C.37), a qual apresenta circulação vincada nas regiões do Peru e do Chile, não se detetou mais nenhum caso.
Entre outras variantes de interesse em circulação em Portugal, o INSA destaca as variantes B.1.621 (detetada inicialmente na Colômbia) e Eta (B.1.525) (detetada inicialmente na Nigéria), as quais apresentam mutações na proteína Spike, que são partilhadas com algumas das variantes de preocupação (VOC – variants of concern). Estas variantes apresentam uma baixa frequência no nosso país, tendo sido detetadas abaixo de 0,8% (B.1.621) ou 0,3% (Eta B.1.525) desde a semana 25 (21 a 27 de junho).
Ainda segundo o INSA, até à data, foram analisadas 13.807 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 298 concelhos de Portugal.
Está disponível um novo relatório sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal. Até à data, foram analisadas 13.807 sequências do genoma do novo coronavírus, numa média de 588 sequências por semana desde o início de junho de 2021.
— Instituto Ricardo Jorge (@irj_pt) August 10, 2021
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