A22 reaberta ao trânsito nos concelhos afetados pelo fogo em Castro Marim
A Via do Infante - Autoestrada 22, no Algarve, ficou hoje totalmente aberta ao trânsito, segundo as autoridades, que vão continuar a enfrentar durante o dia condições meteorológicas adversas no combate ao fogo que deflagrou em Castro Marim.
© Lusa
País Incêndios/Algarve
Na conferência de imprensa de balanço no centro multiúsos no Azinhal, Castro Marim, pouco depois das 11h00, Marco Ferreira, da Guarda Nacional Republicana, deu conta de que a A22 já foi reaberta ao trânsito nos concelhos atingidos pelo fogo, depois de um corte iniciado já na segunda-feira.
O militar recomendou a quem está de férias na zona este do Algarve para que se "mantenha atento" aos meios de comunicação social e às redes sociais, para estar atualizado em relação à circulação rodoviária, nomeadamente na A22 e Estrada Nacional 125.
Na mesma conferência de imprensa, que ocorreu pouco depois das 11h00, o comandante das operações de socorro, Richard Marques, assumiu que o objetivo de hoje é dar o incêndio como dominado, mas sublinhou que o seu perímetro "não está contido".
Apesar de alguma diminuição da temperatura máxima prevista para hoje, o responsável assumiu que o quadro meteorológico "é desafiante", existindo alguns "pontos quentes", nomeadamente, a norte, a Mata Nacional da Conceição (Mata de Santa Rita), onde as chamas destruíram a área de lazer e piquenique.
Outro ponto quente fica "mais a norte, mas virado para oeste" - "devido à proximidade a alguns populações", esta área requer que seja feita "alguma consolidação em pontos muitos específicos e perfeitamente identificados", assumiu.
Richard Marques revelou alguma preocupação relativamente ao quadro meteorológico de hoje, uma vez que "será similar" ao de segunda-feira, mas está prevista uma mudança da direção do vento que vai "coincidir com o período crítico do dia".
O incêndio rural, que se estendeu aos concelhos de Tavira e Vila Real de Santo António, afetou já uma área de cerca de 9.000 hectares, depois de registar uma "taxa de expansão de 650 hectares por hora", atingindo um perímetro de 43 quilómetros, segundo o comandante.
Apesar dos danos materiais, com casas e culturas atingidas, numa contabilização ainda por fazer, apenas um bombeiro ficou ferido, sem gravidade.
O alerta para o incêndio rural foi dado às 1h05 de segunda-feira e o fogo chegou a ser dado como dominado pelas 10h20, mas o "quadro meteorológico severo", com altas temperaturas e vento, estiveram na origem de uma "reativação muito forte, em pleno período crítico do dia, junto à cabeça/flanco direito do incêndio original, e este ficou rapidamente fora da capacidade de extinção", explicou anteriormente o comandante operacional regional de Faro, Richard Marques.
As chamas chegaram à tarde aos concelhos vizinhos de Vila Real de Santo António e Tavira.
Pelas 13h30 encontravam-se 631 operacionais no combate às chamas, apoiados por 208 meios terrestres e 10 aéreos.
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