Covid-19: Açores responsáveis por 0.8% dos casos nacionais

O secretário regional da Saúde e Desporto, Clélio Meneses, referiu hoje que as ilhas dos Açores, que "representam" 2,3% da população nacional, são responsáveis por 0,8% dos casos de covid-19 no país.

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Lusa
20/08/2021 19:02 ‧ 20/08/2021 por Lusa

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Covid-19

Clélio Meneses, que fez hoje, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, um ponto de situação da pandemia de covid-19, afirmou que a média nacional é de 98 casos por 100 mil habitantes, enquanto nos Açores o valor foi de 28 casos, ou seja, "60% inferior ao nível nacional".

O titular da pasta da Saúde apontou também que, enquanto nos Açores registaram-se 40 óbitos, no país este valor atingiu os 17.613.

A taxa de letalidade (o número de óbitos por casos) foi em termos nacionais de 17,4 óbitos por mil casos, enquanto na região o valor foi de 4,7, um "nível 70% inferior ao nacional", disse.

Ainda de acordo com o governante, foram realizados "mais testes nos Açores [2,8 por habitante, em média] do que no resto do país [1,7]", sendo que, na região, "em grande parte do tempo e na maior parte do território, escolas e estabelecimentos de restauração e bebidas estiveram abertos".

"Os Açores foram a primeira região do país a ter espetáculos desportivos e culturais com público", lembrou Clélio Meneses.

A região vai, entretanto, manter o teste interilhas para quem sai da ilha de São Miguel.

Relativamente à adoção do certificado digital de vacinação nos restaurantes, como era pretensão dos responsáveis da restauração nos Açores, o governante considerou que "não é admissível nesta fase", tendo salvaguardado que esta solução "para todos os restaurantes, a todo o tempo, não está em cima da mesa".

Clélio Meneses recordou que, no continente, a exigência do certificado digital é feita nos fins de semana e em espaços interiores, mantendo-se nos Açores esta obrigatoriedade apenas para as discotecas.

Questionado sobre a continuidade do uso de máscara, o secretário regional da Saúde salvaguardou que essa é uma competência da Assembleia da República, que vai apreciar a matéria em meados de setembro, "não competindo ao Governo Regional manter a sua obrigatoriedade".

O responsável admitiu, contudo, que "ainda não é prudente deixar o uso de máscara".

Quanto aos centros de vacinação contra a covid-19, Clélio Meneses adiantou que vão "deixar de funcionar como até aqui", prevendo-se a criação de postos móveis.

Além disso, haverá alteração de critérios relativos ao isolamento profilático e aos casos positivos, que serão posteriormente anunciados, determinando-se que "o tratamento a dar aos contactos de casos positivos é diferente consoante se esteja em ilhas de transmissão, tendo em conta o nível de risco, e se esteja ou não vacinado".

"O caminho é quando alguém que esteja vacinado e seja um contacto de alto risco não tem que ficar em isolamento, pode fazer um teste ao sexto ou sétimo dia e, se for positivo, fica em confinamento. Se não for, fica em autovigilância, apenas percebendo se tem algum tipo de sintomatologia que exija algum tipo de cuidados acrescidos", explicou.

Os Açores registaram, nas últimas 24 horas, 25 novos casos de covid-19 e 72 recuperações, existindo 407 casos ativos no arquipélago, releva o boletim diário da Autoridade Regional de Saúde.

Dos novos casos, 23 foram diagnosticados em São Miguel e dois na Terceira, na sequência de 1.249 análises realizadas.

Os Açores somam atualmente 407 casos ativos de covid-19, sendo 347 em São Miguel, 19 na Terceira, 18 em São Jorge, 12 na Graciosa, cinco no Faial, cinco em Santa Maria e um no Pico.

A covid-19 provocou pelo menos 4.401.486 mortes em todo o mundo, entre mais de 209,9 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.622 pessoas e foram registados 1.014.632 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.

Leia Também: Açores vão preparar processo para vacinar mais vulneráveis com 3.ª dose

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