Ordem dos Médicos diz ser preciso corrigir "problemas" em Ponta Delgada

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, defendeu hoje que o conselho de administração do Hospital de Ponta Delgada "tem condições para continuar", mas disse ser necessário corrigir alguns "problemas" na gestão da unidade.

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© Miguel Guimarães

Lusa
24/08/2021 17:10 ‧ 24/08/2021 por Lusa

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Miguel Guimarães

 

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"Acho que o conselho de administração, respondendo à sua pergunta, tem condições para continuar a exercer a sua função, mas acho que algumas coisas têm de ser corrigidas ou devem ser corrigidas para que isso possa acontecer de forma serena e tranquila", declarou.

O médico ressalvou que a Ordem não interfere em "decisões sobre conselhos de administração" dos hospitais.

Miguel Guimarães falava em conferência de imprensa realizada hoje na sede da Ordem dos Médicos nos Açores, em Ponta Delgada.

O bastonário reuniu-se hoje com o conselho de administração do Hospital Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, numa altura em que têm sido conhecidas várias divergências internas naquela unidade de saúde.

Segundo disse, a Ordem dos Médicos encontrou "boa recetividade" da parte da administração naquela reunião que durou cerca de duas horas.

Miguel Guimarães disse acreditar que existe "espaço suficiente" para o conselho de administração continuar em funções "desde que haja bom senso".

"Quando digo 'desde que haja bom senso' é desde que não haja interferências externas que podem ser prejudiciais. Acho que existe espaço para as coisas se resolverem e, quanto mais depressa se resolverem, melhor", acrescentou.

O bastonário disse existirem "problemas" internos no hospital de Ponta Delgada relacionados com a "comunicação", a "informação" e o "diálogo".

"Existe de facto alguns problemas que têm a ver com a questão da comunicação, com a questão da informação e com a questão do diálogo. São três questões importantes para uma estrutura funcionar de forma mais célere e de forma mais motivadora", apontou.

Miguel Guimarães destacou que a Ordem tem "disponibilidade para ajudar" a encontrar "consensos" na unidade de saúde.

"Transmitimos, quer ao senhor presidente do Governo Regional, quer à senhora presidente do conselho de administração, que a Ordem dos Médicos está disponível para ajudar [a encontrar] um caminho que seja um caminho que leve ao respeito que os médicos merecem e têm de ter", afirmou.

O bastonário realçou ser necessário existir uma "maior proximidade entre os médicos que trabalham no hospital e as pessoas que têm neste momento a missão de liderar o próprio hospital" de Ponta Delgada.

Na segunda-feira, após uma reunião com o presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, sublinhou a importância de potenciar o diálogo entre os clínicos e a administração do Hospital de Ponta Delgada.

As divergências internas no HDES foram assumidas pelo próprio presidente do Governo Regional, que em 22 de julho defendeu ser necessário "trabalhar em diálogo" para transformar os "desentendimentos de circunstância" entre a administração e os trabalhadores do Hospital de Ponta Delgada num "entendimento estrutural".

 

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