Gonçalo Amaral, antigo coordenador da Polícia Judiciária de Portimão, defendeu, ontem, que o sequestro de Madeleine MacCann foi "simulado".
A teoria foi apresentada pelo antigo responsável - que liderou inicialmente o caso do desaparecimento da menina britânica na Praia da Luz - numa entrevista prestada ao jornal alemão Bild e citada pela SIC Notícias.
Para Gonçalo Amaral, o atual principal suspeito do crime, Christian Brueckner, "nada tem a ver" com o desaparecimento da criança, continuando a acreditar que os pais de Maddie são os "principais suspeitos":
"Uma janela que ninguém sabia ao certo se estava aberta ou fechada, apenas fomos informados de que o suposto raptor entrou e saiu por lá. E também havia impressões digitais da mãe, o que mostra que ela abriu a janela", lembrou o ex-inspetor.
Gonçalo Amaral insistiu assim na sua teoria de que a menina morreu no apartamento e que o seu rapto foi uma forma de fazer desaparecer o corpo o da criança e desviar as atenções das autoridades.
"Nas primeiras horas, mesmo antes de desconfiarmos dos pais, recebemos uma lista de pedófilos que moravam na região e Brueckner estava nessa lista. Mas como é que alguém invadiu o apartamento sem deixar impressões digitais ou outras provas", questionou.
Ainda em declarações ao jornal, Gonçalo Amaral considerou que "as declarações públicas do Ministério Público alemão apenas serviram para a construção do suspeito", levando a opinião pública a dizer "que monstro é este Brueckner".
Recorde-se que Christian Brueckner foi detido em Milão, em 2018, e extraditado para Alemanha onde se encontra preso, condenado a sete anos, pela violação de uma idosa norte-americana, em 2005, no Algarve.
Pouco depois de ser condenado, as autoridades alemãs acusaram-no de ser responsável pelo desaparecimento de Maddie, em 2007, da Praia da Luz, onde passava férias com os país.
Tudo indica que as acusações formais contra ele, relacionadas com este caso, sejam apresentadas ainda este ano. Já o advogado de Defesa garante que Christian nada tem a ver com o desaparecimento da menina britânica.
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