Estas presenças foram anunciadas pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, em declarações aos jornalistas após apresentar os principais momentos das cerimónias fúnebres de Estado pela morte do antigo Presidente da República Jorge Sampaio, que vão decorrer entre sábado e domingo.
Jorge Sampaio, antigo secretário-geral do PS (1989/1992) e Presidente da República (1996/2006), morreu hoje aos 81 anos, depois de ter estado internado no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, desde 27 de agosto, com dificuldades respiratórias.
"Já começámos a receber confirmações da presença de altas entidades representando organizações internacionais e países amigos. Entre essas confirmações permitir-me-ia destacar o rei de Espanha, Filipe VI, que será acompanhado por um membro do Governo espanhol, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o primeiro-ministro de Cabo Verde [Ulisses Correia e Silva], o presidente do parlamento de Timor-Leste [Aniceto Guterres Lopes]", afirmou Augusto Santos Silva.
Segundo o membro do Governo, nas exéquias fúnebres do antigo chefe de Estado, "haverá representações de todos os países da CPLP".
"E estão a chegar, naturalmente, confirmações de presenças, de representações ou de mensagens enviadas por muitos países. O doutor Jorge Sampaio, quer como político em Portugal, quer como Presidente da República, quer depois do exercício de Presidente da República, foi uma voz e uma presença sempre muito ativa na presença internacional, designadamente ao serviço das Nações Unidas", salientou Augusto Santos Silva.
Para o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, "é muito natural que diferentes títulos e diferentes entidades internacionais se façam representar no funeral".
Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).
Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.
Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.
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