O corpo de Jorge Sampaio, que morreu na sexta-feira, aos 81 anos, está desde hoje ao fim da manhã em câmara ardente no antigo picadeiro real, depois adaptado a Museu dos Coches, que fica junto ao Palácio de Belém, em Lisboa.
À saída do velório, o cardeal-patriarca de Lisboa disse aos jornalistas que guarda "uma memória cheia de respeito e de gratidão" pelo antigo chefe de Estado, que descreveu como alguém que "foi durante toda a sua vida, coerente com as suas ideias, com os seus princípios, em todo o tipo de situações", na vida particular, profissional e no exercício de funções públicas.
Manuel Clemente destacou o empenho de Jorge Sampaio na "ligação dos povos e das civilizações" e no "apoio aos refugiados sírios".
"Todas aquelas causas para que fosse chamado ou a que ele próprio se propunha como resposta ao que era mais urgente, e com uma atitude constante de cidadania, com enorme dignidade, que para todos nós é exemplar e muito estimulante", acrescentou.
O velório do antigo Presidente da República estará aberto ao público até às 23:00 de hoje.
No domingo, às 11:00, haverá uma cerimónia de homenagem a Jorge Sampaio no Mosteiro dos Jerónimos, antes da saída do funeral para o Cemitério do Alto de São João, em Lisboa, onde a chegada do cortejo fúnebre está prevista para as 13:30.
Jorge Sampaio morreu na sexta-feira, aos 81 anos, no Hospital de Santa Cruz, no concelho de Oeiras, distrito de Lisboa, onde estava internado desde 27 de agosto, na sequência de dificuldades respiratórias.
O Governo decretou cerimónias fúnebres de Estado e três dias de luto nacional, entre hoje e segunda-feira, pela morte do antigo Presidente da República, secretário-geral do PS e presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
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