Vacinas em Ponta Delgada transferidas para centro de saúde devido a rali

A vacinação contra a covid-19 em Ponta Delgada, Açores, foi transferida das Portas do Mar para o centro de saúde devido ao Azores Rallye, mas o secretário da Saúde garante que a capacidade de resposta se mantém.

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Lusa
14/09/2021 17:48 ‧ 14/09/2021 por Lusa

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Açores

"Não há qualquer tipo de diminuição de vacinação", garantiu, em declarações à Lusa, o titular da pasta da Saúde nos Açores, Clélio Meneses, que hoje visitou o Centro de Saúde de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, para onde foi transferido o posto de vacinação contra a covid-19, anteriormente localizado nas Portas do Mar.

Segundo Clélio Meneses, a mudança ocorreu devido à realização do Azores Rallye, que arranca na quinta-feira, e deve manter-se pelo menos até segunda-feira.

"Até ao dia 20 [segunda-feira] funciona no posto de vacinação na própria Unidade de [Saúde] de Ilha de São Miguel. Após isso, pondera-se regressar às Portas do Mar, consoante a avaliação que vai ser feita esta semana", avançou.

O governante diz que a mudança não provocou constrangimentos na vacinação contra a covid-19, até porque a procura é atualmente "significativamente menor".

"Neste momento, não há ninguém nos Açores que queira ser vacinado e não o seja. Depende apenas da vontade de cada um atingirmos os níveis de proteção que assegurem que não há risco acrescido de covid-19 nos Açores e para que possamos levantar as medidas restritivas que ainda restam", frisou.

Os Açores mantêm postos de vacinação com regime de 'casa aberta', fora dos centros de saúde, na Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, e em Angra do Heroísmo e Praia da Vitória, na ilha Terceira, mas com "cada vez com menos pessoas alocadas" e "horários cada vez mais restritos".

Clélio Meneses disse que está a ser estudada a hipótese de estes centros serem aproveitados para a vacinação contra a gripe, que só na ilha de São Miguel deverá abranger cerca de 13.000 pessoas.

"A ideia é aproveitar as sinergias já criadas e a capacidade instalada para que se possa proceder à vacinação da gripe comum juntamente com a progressiva vacinação contra a covid-19", avançou.

Os Açores têm "aproximadamente 76%" da população com vacinação completa contra a covid-19 e, nesta fase, são administradas "sobretudo segundas doses" aos cerca de 8.300 jovens entre os 12 e os 15 anos que receberam a primeira.

"No final desta semana, uma vez que há muitas segundas doses dos jovens entre os 12 e os 15 anos, poderá haver um incremento superior", adiantou o secretário regional da Saúde, referindo-se à taxa de vacinação.

Há também "pessoas que estão a ser vacinadas agora na sequência de terem estado infetadas e de terem recuperado" há mais de três meses e outras "que recusaram na primeira fase a vacinação e que agora estão a aderir".

Questionado sobre a taxa de recusa da vacina contra a covid-19, Clélio Meneses disse que "não está identificada de uma forma muito precisa", mas admitiu que há uma "menor procura" nesta fase.

"O grosso da população já foi vacinado. Já atingimos cerca de 76%. As franjas da população que ainda não foi vacinada representam um universo mais pequeno", salientou.

Todas as ilhas dos Açores estão em muito baixo risco de transmissão do coronavírus que provoca a covid-19, mas ainda sujeitas a limitações na lotação de restaurantes e cafés, bem como de eventos culturais e desportivos.

O executivo açoriano já apontou a meta de 85% de população vacinada para o levantamento das restrições ainda existentes, o que segundo Clélio Meneses "vai depender da adesão das pessoas".

"É 85% ou um valor de inferior, desde que, através da leitura conjugada da incidência de casos, dos internamentos e dos óbitos, se garante de uma forma segura a proteção da população", ressalvou.

Os Açores têm atualmente 114 casos ativos de infeção pelo novo coronavírus que provoca a doença covid-19, dos quais 74 em São Miguel, 22 no Pico, 15 na Terceira e três no Faial.

Desde o início da pandemia, foram diagnosticados na região 8.819 casos de infeção, tendo ocorrido 8.490 recuperações e 42 mortes. Saíram do arquipélago sem terem sido dadas como curadas 94 pessoas e 79 apresentaram comprovativo de cura anterior.

Leia Também: AO MINUTO: Igreja alivia medidas; "Muita conversa" e "pouca" ação diz OMS

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