Para Virgílio do Nascimento Antunes, as atuais gerações "estão relativamente insatisfeitas", além de assumirem "uma atitude de procura de respostas na espiritualidade, porventura em Deus".
O responsável máximo da Diocese de Coimbra falava na Casa Episcopal, nesta cidade, num encontro com os jornalistas em que foi apresentado o Plano Pastoral para o triénio 2021-2024.
A concretização do Plano Pastoral, envolvendo os jovens, constitui "uma grande oportunidade para a proposta da fé", que deve assentar "na vida da comunidade cristã", afirmou.
As novas gerações, em geral, mais do que seus pais ou avós, revelam "uma capacidade de abertura a outras realidades, que pode ser também um desejo forte de mudança e de dar este passo da novidade" em diferentes níveis, sublinhou.
Segundo o prelado, os jovens evidenciam hoje "conhecimento das diversas fragilidades do mundo" e mais recetivos à participação "numa oportunidade de verdadeira novidade".
Face a uma "diminuta dimensão espiritual" da vida coletiva no século XXI, "os jovens são a possibilidade da revelação", acentuou Virgílio Antunes, que corroborou "a exortação apostólica do papa Francisco", que valoriza "a alegria do Evangelho" numa "sociedade com uma acentuada secularização".
Na sua opinião, é preciso "fazer renascer e aumentar esperança numa Humanidade mais saudável e unida", cabendo à Igreja de Roma "uma missão muito importante a desempenhar" a este nível.
"Temos de procurar ir ao encontro dos jovens com uma proposta global. É uma oportunidade que não podemos desperdiçar", defendeu o bispo de Coimbra.
Na sessão, intervieram ainda o vigário episcopal para a pastoral, Manuel Carvalheiro, um membro do Conselho Pastoral Diocesano, Ana Filipa Santos, e a médica Sílvia Monteiro, a quem coube coordenar as intervenções.
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