"É um investimento que vamos fazer nos próximos anos, cerca de 22 ME do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) estão alocados a esta componente: digitalização, internet, robótica nas escolas, porque é uma forma que temos de preparar a nossa sociedade para o futuro", disse Miguel Albuquerque.

O chefe do executivo madeirense falava aos jornalistas à margem da visita que efetuou à experiência piloto na área dos manuais digitais que decorre na Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco, no Funchal, que abrange uma turma de alunos do 10.º ano de escolaridade.

O governante insular salientou que os manuais digitais abrangem presentemente 6.832 alunos da região, do 5.º ao 7.º ano, e que, "no próximo ano, se tudo decorrer como está, vai ser alargado ao 10.º".

Albuquerque realçou que a utilização deste material vai sendo progressivo porque os alunos continuam a usar este tipo de equipamentos nos anos seguintes, sendo "uma forma inovadora e importante de garantir uma melhor qualidade do ensino, sobretudo moderno e vocacionado para a sociedade do futuro".

Também indicou que o objetivo do Executivo Regional é "alargar" a utilização deste equipamentos e as experiências das denominadas "salas do futuro" a decorrer em algumas escolas do arquipélago.

Albuquerque destacou que "vai ser preciso alargar [os manuais digitais] a todos alunos da região", porque o Governo Regional entende que esta "é uma etapa decisiva da Madeira".

"Estes são processos que estão em forte aceleração e a nossa ideia é nos próximos anos concluirmos estas novas modalidades porque a sociedade no futuro vai ser digital, à base de sensores e a nossa vivência, forma de trabalhar, conviver e estar na sociedade vai-se alterar radicalmente", opinou.

Miguel Albuquerque falou da preocupação de dar formação aos professores nesta área, mencionando que já foram abrangidos 1.450 docentes.

O presidente elogiou "o espírito de inovação da classe docente da Madeira", enfatizando que têm "abraçado este desafio, que não é fácil, sobretudo para alguns professores", realçando que entenderam que a aplicação das novas tecnologias "vem inovar, dar mais capacidade cognitiva, maior interação, maior abertura".

O presidente do governo madeirense também visitou hoje a empresa Unipartner Madeira, fundada em 2015, em Lisboa, durante a reorganização da multinacional Unisys, que atua na transformação digital, ao nível da consultoria e integração de sistemas que apoia a administração pública, as ONG, o setor financeiro e grandes e médias empresas.

Miguel Albuquerque insistiu na importância do setor empresarial tecnológico, que tem tido um "crescimento exponencial" na Madeira, apresentando um volume de negócios 211 ME desde 2019, evidência uma "tendência para crescer" e é uma "área de pleno emprego".

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