Covid-19. Pressão nas Unidades de Cuidados Intensivos está a aumentar
Já foi divulgado o mais recente relatório de monitorização das Linhas Vermelhas para a Covid-19.
© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images
País Covid-19
O número de casos de Covid-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) apresenta uma "tendência crescente", de acordo com o relatório de monitorização das Linhas Vermelhas para a Covid-19 divulgado esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
O relatório anterior, de 29 de outubro, já admitia que essa pressão sobre os serviços de saúde pudesse evoluir para uma "fase de crescimento nos internamentos" em UCI, o que é confirmado pelos dados agora divulgados.
O documento refere que a ocupação corresponde atualmente 29% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas (na semana anterior foi de 24%).
A faixa etária com mais casos de Covid-19 em UCI é a dos 60 aos 79 anos, mas também o grupo dos 40 aos 59 apresenta uma "clara tendência crescente nas últimas semanas".
Os diferentes indicadores revelam que a atividade epidémica em Portugal é, agora, de intensidade reduzida "com tendência crescente a nível nacional".
A incidência cumulativa a 14 dias foi de 110 casos por 100 mil habitantes com "tendência crescente". O aumento da incidência é mais marcado no Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Algarve.
"A região do Algarve tem a incidência mais elevada, mas abaixo do limiar de 240 casos por 100.000 habitantes", lê-se no relatório.
Por idades, o grupo dos 20 aos 29 anos é o que apresenta uma incidência mais elevada (159 casos por 100.000 habitantes), mas a tendência é "globalmente crescente" em todas as faixas etárias.
Em comparação com os valores apresentados no último relatório, o valor médio do índice de transmissibilidade (Rt) diminuiu em todas as regiões do continente: o Norte passou de 1,05 para 1,01, o Centro de 1,10 para 1,06, Lisboa e Vale do Tejo de 1,10 para 1,04, o Alentejo de 0,98 para 0,87 e o Algarve de 1,06 para 1,05.
Na semana em análise, o Rt foi de 1,04 a nível nacional e de 1,03 no continente. Este valor é superior a 1 na maioria das regiões, com exceção do Alentejo (0,87), o que indica "uma tendência crescente da incidência de infeções" a nível nacional.
"A manter esta taxa de crescimento, a nível nacional, estima-se que o limiar de 240 casos em 14 dias por 100.000 habitantes possa ser ultrapassado em dois a quatro meses", refere o documento.
Quanto à mortalidade - 6,4 óbitos por um milhão de habitantes -, volta a apresentar esta semana uma "uma tendência decrescente".
De acordo com o relatório da DGS e do INSA, 88% dos casos de infeção foram isolados em menos de 24 horas após a notificação nos últimos sete dias e a proporção de casos confirmados notificados com atraso foi de 6% (na semana passada tinha sido de 7%).
O documento mostra também que a variante Delta voltou, na semana analisada, a ser "a variante mais prevalente em Portugal, com uma frequência relativa de 100%".
[Notícia atualizada às 18h11]
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