"No futebol, na política, na economia, nas empresas, na vida profissional quando nos resignamos pelos mínimos perdemos sempre. Apostar na sorte, no improviso, na falha dos outros diminui e compromete quase sempre". Adalberto Campos Fernandes, ex-ministro da Saúde, recorreu às redes sociais, após a derrota da seleção nacional no Estádio da Luz, em Lisboa -, que nos 'empurrou' para os play-off - para fazer uma analogia com outras questões da sociedade atual.
"No caso de Portugal", a "qualidade dos jogadores que integram a seleção nacional merecia outra ambição, outro rasgo e outra coragem", ressalvou.
Mas acrescentou: "Esta é a marca da nossa tradição. Medo de mudar, conservar o que está, confundir reconhecimento pelas coisas feitas com o receio de olhar para a frente".
Adalberto Campos Fernandes considera, contudo, que a "mudança é sempre mais criativa de valor que a estagnação". "Esta lógica de chegar aos objetivos pelos mínimos, receosa de tudo e de todos não nos fará sair da mediania. Nem no futebol nem no resto", vincou.
Recorde-se que Portugal perdeu com a Sérvia [1-2], com a equipa das quinas a ser 'atirada' para a última via de acesso ao Campeonato do Mundo. Um golo tardio dos sérvios deu-lhes a vitória e a qualificação direta para o Mundial do próximo ano, no Qatar.
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