O hacker português Rui Pinto revelou, esta terça-feira, no Twitter, “um novo capítulo da lavandaria”, ou seja, novos documentos da investigação Pandora Papers.
De acordo com o jovem, que colabora agora com a Justiça, o ex-ministro da Comunicação Social de Angola, Manuel Rabelais, recentemente condenado a 14 anos de prisão, “tinha uma conta bancária na ilha da Madeira, em nome de uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, a Benclam Holdings”.
Apesar de ter sido condenado, Manuel Rabelais continua em liberdade, a aguardar pela decisão do recurso que interpôs.
De acordo com os Pandora Papers, de 2006 a 2008, enquanto servia o país, o governante tornou-se proprietário de três empresas de fachada, nas Ilhas Virgens Britânicas e abriu uma conta bancária para a Benclam Holdings na ilha da Madeira, “um paraíso fiscal”.
Ainda segundo o mesmo documento, “o Supremo Tribunal de Angola observou que as três empresas offshore” do antigo ministro “receberam mais de 2,8 milhões de dólares”, transferindo, posteriormente, o dinheiro para as contas bancárias de Manuel Rabelais, assim como de outros arguidos e familiares.
Entre os destinatários do dinheiro estão “dois dos filhos de Manuel Rabelais” que, alegadamente, terão utilizado o mesmo para pagar as propinas das universidades que frequentavam, no Reino Unido.
Até ao momento, Manuel Rabelais ainda não comentou estas acusações.
Hoje os #PandoraPapers revelam que o ex-ministro Angolano, Manuel Rabelais, recentemente condenado a 14 anos de prisão, tinha uma conta bancária na Ilha da Madeira, em nome de uma offshore nas BVI, a Benclam Holdings. Um novo capítulo da lavandaria.https://t.co/lRXw7Bm6rt
— Rui Pinto (@RuiPinto_FL) November 16, 2021
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