Os 10 chefes das urgências de cirurgia-geral do Hospital de Santa Maria, em Lisboa demitiram-se em bloco, esta segunda-feira, depois de uma reunião com a administração da unidade hospitalar, avança a RTP3.
Além de deixarem os cargos, estes médicos vão também deixar de fazer horas extraordinárias.
Recorde-se que estes profissionais de saúde tinham dado precisamente o dia de hoje como prazo para a resolução do problema das escalas de serviço, concretizando desta forma a ameaça de demissão feita no passado dia 10 de novembro.
No dia 10 de novembro a equipa de urgência cirúrgica enviou uma carta ao diretor clínico do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), na qual apresentava a sua demissão em bloco a partir de 22 deste mês.
Na carta, que a Lusa reproduziu na altura, os cirurgiões afirmavam que a urgência cirúrgica do CHULN está a degradar-se "nos últimos anos", algo que se agravou "recentemente pela tomada de posição dos assistentes hospitalares do departamento que recusam ultrapassar, nas atuais condições de trabalho, mais do que as horas extraordinárias consideradas na lei".
Além de se solidarizarem com estes assistentes hospitalares, os médicos demissionários consideram que a escala de urgência de cirurgia geral "não é exequível, segundo o regulamento de constituição das equipas de urgência".
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