Embora a pandemia tenha colocado o setor da saúde numa situação excecional, Rui Rio afirma que essa condicionante não justifica o funcionamento atual dos hospitais em Portugal.
“É evidente que o Serviço Nacional de Saúde não pode responder da mesma forma num contexto de pandemia do que num contexto sem pandemia. Mas mesmo fazendo esse desconto, a degradação do SNS e do funcionamento dos hospitais é brutal”.
Portugal tem registado um aumento da taxa de mortalidade, que o candidato à liderança do PSD admite ser causada pela pandemia e outras patologias. “Falhou o SNS logo no primeiro objetivo que é salvar a vida às pessoas”, reforçou.
Rui Rio reiterou que não existe “condições de trabalho necessárias para fazer um trabalho em condições” e que os “profissionais de saúde fazem muitas horas extraordinárias”, o que leva a que a “qualidade de prestação dos serviços seja baixa”.
Na reunião que se realizará amanhã com o primeiro-ministro, o ainda líder do PSD confessa trazer a debate questões que são “preocupações de todos os portugueses”, nomeadamente o agravamento da pandemia.
“Uma vez que está cientificamente comprovado que a 3.ª dose é necessária, (…) o governo tem que estar capaz de rapidamente voltar a montar as estruturas que entretanto desmantelou, no sentido de nós conseguirmos levar a 3.ª dose rapidamente”, frisou o político, acrescentando que o Natal representa “um período muito critico”.
O líder do PSD expressou um sentimento de gratidão para com o Vice-almirante Gouveia e Melo, contudo confessa que “dizer que temos que chamar o Almirante outra vez é dizer que nas forças armadas são todos meio incompetentes e que só há um competente. Não é assim”. Na sua opinião, qualquer elemento das Forças Armadas portuguesas tem capacidade para auxiliar no processo de vacinação.
Rui Rio clarificou ainda que devem ser tomadas “todas as medidas que sejam importantes na proteção e não impliquem imediatamente um atraso na economia nacional”.
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