"Tendência fortemente crescente". Limiar pode ser ultrapassado em 15 dias

Foi divulgado, esta sexta-feira, o mais recente Relatório das Linhas Vermelhas. Sobre a nova variante, DGS e INSA afirmam a "necessidade de reforçar a vigilância epidemiológica, virológica e do controlo de fronteiras em Portugal, até serem conhecidas mais informações".

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© Jorge Mantilla/NurPhoto via Getty Images

Tomásia Sousa
26/11/2021 21:36 ‧ 26/11/2021 por Tomásia Sousa

País

Linhas Vermelhas

"O número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2, por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 298 casos, com tendência fortemente crescente a nível nacional." Os dados constam do mais recente Relatório das Linhas Vermelhas da Covid-19, revelado esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA). 

No grupo etário dos portugueses com idade igual ou superior a 65 anos, indica o documento, "o número de novos casos de infeção por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 211 casos", com "tendência fortemente crescente a nível nacional".

Já o R(t) apresenta valor igual ou superior a 1, "indicando uma tendência crescente da incidência de infeções por SARS-CoV-2 a nível nacional (1,19) e em todas as regiões". A manter esta taxa de crescimento a nível nacional, é sublinhado, "estima-se que o limiar de 480 casos em 14 dias por 100 mil habitantes possa ser ultrapassado em menos de 15 dias".

Quanto a variantes, a Delta (B.1.617.2) é a dominante em todas as regiões do nosso país, com uma "frequência relativa de 100% dos casos avaliados na semana 45/2021 (8 a 14 de novembro)". Até à data, como já tinha sido hoje adiantado, não foram detetados casos da nova linhagem Omicron B.1.1.529.

A mortalidade específica por Covid-19 (15,5 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes) apresenta uma tendência crescente. "Esta taxa de mortalidade revela um impacto moderado da pandemia na mortalidade", destaca a DGS e o INSA.

Em suma, a análise dos diferentes indicadores revela uma atividade epidémica de SARS-CoV-2 de "intensidade elevada, com tendência fortemente crescente a nível nacional".

"A pressão nos serviços de saúde e o impacto na mortalidade são ainda moderados, mas com tendência crescente. A emergência de uma nova linhagem (B.1.1.529), com elevado número de mutações de interesse e, com aparente disseminação na África do Sul nas últimas semanas, suporta a necessidade de reforçar a vigilância epidemiológica, virológica e do controlo de fronteiras em Portugal, até serem conhecidas mais informações", especifica-se ainda.  

[Notícia atualizada às 21h45]

Leia Também: AO MINUTO: Maior centro de Vacinação em Lisboa; Bruxelas pede vigilância

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