O julgamento decorreu em Espinho, no distrito de Aveiro, devido ao elevado número de arguidos e advogados envolvidos no processo e tendo em conta as medidas de combate à pandemia de covid-19.
Os arguidos, oito homens e uma mulher, com idades entre os 21 e 37 anos, estavam acusados de um crime de tráfico de estupefacientes.
A pena mais gravosa foi aplicada ao principal arguido que se encontra em prisão preventiva.
Durante a leitura do acórdão, o juiz presidente assinalou o facto de este arguido já não ser primário, tendo sido condenado duas vezes pelo mesmo tipo de ilícito e, numa das vezes, continuou a vender droga, mesmo durante o julgamento.
Um outro arguido foi condenado no mesmo processo a um ano e meio de prisão efetiva, tendo o coletivo de juízes optado por não suspender a pena, faculdade que é possível em condenações inferiores a cinco anos.
Os restantes sete arguidos, entre eles a namorada do principal arguido, foram condenados a penas de prisão suspensas entre os nove meses e os cinco anos.
Os arguidos foram detidos em julho de 2020 durante uma "megaoperação" da GNR, que durava há oito meses e que envolveu mais de 130 militares na zona de Santa Maria da Feira.
No decorrer das diligências foram realizadas 14 buscas domiciliárias, quatro em veículos e uma num estabelecimento.
Foi, ainda, dado cumprimento a nove mandados de detenção, nos distritos de Aveiro, Porto e Viseu, culminando na apreensão de mais de 700 doses de droga (cocaína e canábis), artigos e material de corte e quatro viaturas.
A GNR apreendeu, ainda, mais de 22 mil euros em numerário, cuja proveniência se julga ser resultante do tráfico de droga.
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