Numa nota de imprensa, o Centro Hospitalar de Leiria (CHL), de que faz parte aquela unidade de saúde, refere que "as principais medidas incluem a manutenção da área dedicada a doentes com suspeita de doença respiratória no Serviço de Urgência (ADR-SU)" do hospital de Leiria, "com circuitos próprios de avaliação clínica presencial e de internamento hospitalar".
Acresce "a sensibilização dos profissionais do CHL para a vacinação contra o vírus da gripe sazonal e do reforço da vacinação para a covid-19, e a sua respetiva administração", adianta.
Já no que diz respeito à capacidade de resposta relativamente ao internamento dos doentes com covid-19, o CHL explica que o Hospital de Santo André dispõe atualmente de cinco camas de tipologia III no Serviço de Medicina Intensiva, oito camas de tipologia II na Unidade de Cuidados Agudos Polivalente e 41 camas de nível I.
As camas de tipologia III permitem receber e tratar os doentes críticos covid-19, nomeadamente os que necessitam de ventilação mecânica invasiva, enquanto as camas de tipologia II adequam-se aos cuidados de saúde intermédios e as camas de tipologia I são as utilizadas nas enfermarias.
À agência Lusa, O CHL fez saber esta tarde que "regista, neste momento, 36 doentes em enfermaria, sete doentes nos cuidados intermédios e três doentes no Serviço de Medicina Intensiva".
Por outro lado, "o CHL tem acompanhado a evolução epidemiológica dos casos de covid-19 e seus contactos dentro da instituição e na sua área geográfica de influência, e tem alertado os profissionais de saúde para a existência da síndrome pós-covid", lê-se na nota de imprensa.
Quanto ao plano de contingência de saúde sazonal, este comporta ainda duas fases de implementação.
A fase 1 é aquela em que "a procura dos serviços é ligeira a moderada e permite a coexistência da atividade assistencial não covid, mantendo-se toda a atividade assistencial nas várias instituições do CHL", que abrange também os hospitais de Alcobaça e de Pombal, "com áreas de internamento específicas para doentes com infeção por covid-19 no Hospital de Santo André e a ADR-SU para doentes respiratórios que recorram aos Serviços de Urgência".
Quanto à fase 2, esta compreende "uma pressão mais elevada e muito elevada, onde serão reorganizados os serviços de internamento das instituições do CHL para expansão da ADR-SU e áreas de internamento dedicadas a doentes infetados com covid-19" no hospital de Leiria.
Na eventualidade de ser ativada a fase 2, implica a redução da atividade assistencial programada, sendo ativado um grupo de gestão de crise, em articulação com o Serviço de Segurança e Saúde no Trabalho e o Grupo Coordenador Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos.
Citado na nota de imprensa, o diretor clínico do Centro Hospitalar de Leiria, Salvato Feijó, destaca a adaptação "às circunstâncias do dia a dia, tentando manter o internamento não covid-19", para que "as possíveis alterações a efetuar não tenham muito impacto na atividade diagnóstica e terapêutica".
"Com a chegada do inverno, que traz o frio e a chuva, a pressão vai aumentar naturalmente. Nesta fase a situação está controlada do ponto de vista hospitalar, mas a perspetiva não é a melhor com esta quinta vaga da pandemia", reconhece Salvato Feijó, esclarecendo que outra dificuldade sentida é a "sobrecarga no Serviço de Urgência Geral", onde acorrem "doentes mais graves que exigem mais cuidados".
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