O Reino Unido deu, esta quarta-feira, um passo atrás no desconfinamento, com o regresso de várias restrições que têm como objetivo combater a nova vaga de Covid-19 que está a atingir o país.
Desta forma, o governo britânico vai acionar o "plano B" para tentar controlar o avanço da variante Ómicron, cujos dados mostram que o número de casos está a duplicar cada dois a três dias.
Ao todo, o total de casos identificados com a nova variante do coronavírus é de 568, contra 32 há uma semana atrás, tendo Johnson confirmado esta semana existirem "indícios de que é mais transmissível" do que a variante Delta.
"Sabemos que a lógica implacável do crescimento exponencial pode levar a um grande aumento das hospitalizações e, portanto, infelizmente, das mortes", admitiu Johnson.
Entre as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, está a recomendação do teletrabalho a partir de segunda-feira e o regresso à obrigatoriedade do uso de máscara em locais públicos.
A partir da próxima semana, será também obrigatório apresentar o certificado digital para entrar em discotecas e locais com aglomeração de pessoas no Reino Unido.
As medidas aplicam-se a Inglaterra, enquanto as regras na Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, que têm sido mais apertadas, são da responsabilidade dos respetivos governos autónomos. Segundo a Sky News, as novas restrições vão estar em vigor, pelo menos, até ao dia 26 de janeiro.
O Reino Unido registou 161 mortes e 51.342 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, dos quais 131 com a variante Ómicron.
"Omicron está a espalhar-se muito rapidamente"
O consultor científico do governo britânico Patrick Vallance revelou, na mesma conferência, que "a variante Omicron está a espalhar-se muito rapidamente".
A boa notícia é que a vacina de reforço está "definitivamente a ter algum efeito" e é "uma forma incrivelmente importante de aumentar a imunidade".
Apesar disso, o número de infeções relacionadas com esta nova variante deve aumentar nas próximas semanas, "razão pela qual foi necessário adotar novas medidas".
Já sobre o futuro e a possibilidade de o mundo viver de restrições em restrições nos próximos anos, o diretor médico Chris Whitty respondeu que, "a longo prazo, as perspetivas são boas", contudo, é necessário ainda avaliar se as pessoas mais vulneráveis irão necessitar ou não de serem vacinadas todos os anos.
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