A audição do ex-banqueiro João Rendeiro no tribunal Verulam Magistrates, em Durban, foi hoje adiada para as 11:00 (9:00 em Lisboa) de terça-feira após pedido da defesa, segundo a decisão do juiz. A advogada de Rendeiro justificou o pedido de adiamento, à mesma estação, com o facto de não ter tido tempo para se pôr a par do processo.
De acordo com a causídica, porém, na África do Sul, com este tipo de processo, é "improvável" que o acusado seja ouvido na primeira vez que é presente a tribunal, tratando apenas de uma formalidade.
Antes da decisão do juíz, a defesa de João Rendeiro pediu ao tribunal a libertação sob fiança, disse à Lusa um membro da equipa de advogados da defesa.
Nova audiência terá sido marcada para amanhã, às 11h00.
O ex-banqueiro estava fugido à justiça há três meses e as autoridades portuguesas reclamam agora a sua extradição para cumprir pena em Portugal.
"Chegou cedo, está aqui sob nossa custódia", referiu fonte do tribunal, onde as audiências arrancam pelas 09:00 (07:00 em Portugal).
João Rendeiro iria ser ouvido a partir das 11:00 locais (09:00 em Portugal), altura em que, no tribunal com oito diferentes juízos, começam a ser distribuídos os novos casos, explicou à Lusa fonte da instituição.
Só nessa altura é que se saberia qual o juiz que iria ouvir o ex-banqueiro.
Até lá, decorrem dezenas de outros casos cujos intervenientes fazem fila na rua, à porta das instalações.
O ex-banqueiro João Rendeiro foi preso no sábado, num hotel em Durban, na província sul-africana do KwaZulu-Natal, numa operação que resultou da cooperação entre as polícias portuguesa, angolana e sul-africana.
João Rendeiro estava fugido à justiça há três meses e as autoridades portuguesas reclamam agora a sua extradição para cumprir pena em Portugal.
O ex-presidente do extinto Banco Privado Português (BPP) foi condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do banco, tendo o tribunal dado como provado que João Rendeiro retirou do banco 13,61 milhões de euros.
O colapso do BPP, em 2010, lesou milhares de clientes e causou perdas de centenas de milhões de euros ao Estado.
[Notícia atualizada às 10h35]
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