"Das oito carreiras que eram para haver hoje de manhã, quatro foram suprimidas e isto é inaceitável", disse Paulo Silva em declarações à agência Lusa junto à estação fluvial do Seixal.
O autarca, que esteve hoje com o ministro da Infraestruturas no âmbito da reunião do Conselho Metropolitano de Lisboa, disse ter decidido usar este transporte para se deslocar ao encontro e aferir no local os constrangimentos vividos pelos munícipes do Seixal, à semelhança do que fez com o transporte ferroviário.
Paulo Silva referiu que tem recebido várias queixas de munícipes sobre o serviço prestado pela Transtejo, considerando urgente e necessário mais barcos e que cumpram os horários sem carreiras suprimidas.
O investimento feito nesta área, adiantou, "não foi devidamente pensado uma vez que se embarcou numa aventura com os barcos elétricos sem que estivessem devidamente testados, com problemas a surgirem".
Como solução, o autarca defende que em determinados momentos do dia devia haver uma partilha de embarcações entre o Seixal e o Barreiro, dada a proximidade das duas estações.
"Já lancei a ideia de, estando a estação fluvial do Barreiro tão próxima do Seixal, podia e devia haver uma partilha de embarcações entre o Seixal e o Barreiro a determinadas horas do dia, nomeadamente, horas que não são de ponta. O barco passaria pelo Seixal e iria para o Barreiro, e assim havia uma rentabilização do serviço fluvial", disse.
Paulo Silva adiantou que tem de haver confiança no transporte fluvial para que cada vez mais utentes o usem, desanuviando assim o transporte ferroviário e rodoviário.
"O sistema de transportes tem de ser visto pelo todo. Temos que ter um transporte fluvial com qualidade e fiável para que as pessoas acreditem e não haja tanta pressão no transporte ferroviário, permitindo uma maior dispersão dos nossos munícipes", disse.
A Transtejo Soflusa é responsável pela ligação fluvial entre o Seixal, Montijo, Cacilhas, Barreiro e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa.
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