Em declarações à Lusa, Miguel Coelho (PS) explicou que, depois da rotura do coletor pombalino, em dezembro de 2022, voltou a abater o piso na Rua da Prata, na noite de quarta-feira devido à chuva intensa, desta vez no quarteirão que confina com a Praça da Figueira, onde abriu um buraco com cerca de quatro metros de profundidade e 40 m2 de área no subsolo.
"O motivo do colapso do coletor aqui, que afundou na Rua da Prata, foi porque já não exercia a sua função, as águas infiltravam-se para todo o lado, comiam as areias. Eu chamei a atenção [em 2022] que era melhor arranjar tudo, o coletor era o mesmo. Era natural e desejável que fizessem a obra toda de uma vez", referiu Miguel Coelho.
O autarca lembrou ainda que, "provavelmente, a obra saía mais barata" se tivesse sido feita toda de uma vez, acusando a Câmara de Lisboa de não o ter feito então e agora pretender "cair no mesmo erro" ao ir reparar, segundo informações que tem, só a zona que colapsou.
"Eu avisei e tenho muita pena de ter tido razão, mas aconteceu (...). É a lei da física, quando houver outra vez a existência de chuvadas, vai haver outro colapso noutro sítio, mais outro, e isto cria aqui uma grande instabilidade, pois a rua tem que ser fechada", salientou.
Miguel Coelho acusa o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), de "incúria" e mesmo "irresponsabilidade" em não querer resolver de vez o problema, apontando que "seria melhor aproveitarem, infelizmente, esta situação, para repararem agora toda a conduta".
Se for reparada toda a rua, o autarca de Santa Maria Maior considera que não haverá problemas do género durante "mais 50 anos", agora insistindo em "reparações isoladas (...) vamos andar nisto por incompetência do decisor político".
Miguel Coelho reconhece ainda que a situação da Rua da Madalena, "para onde o município entendeu escoar o trânsito, é agravada", novamente, tratando-se de uma situação "insustentável para quem vive e frequenta a Baixa e estas artérias em concreto".
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