Crianças dão "exemplo de cidadania". O 1.º dia da vacinação em imagens
A faixa etária dos 9 aos 11 anos começou, este sábado, a ser vacinada contra a Covid-19.
© Getty Images
País Covid-19
As crianças entre os 9 e os 11 anos começaram, este sábado, a ser vacinadas contra a Covid-19, num processo que tem decorrido sem incidentes até ao momento.
De acordo com as autoridades de saúde, cerca de 77 mil crianças desta faixa etária fizeram o autoagendamento para receberem a primeira dose da vacina este fim de semana.
Contudo, o número de inoculados poderá ser maior, visto que, durante a tarde, tal como anunciou o secretário de Estado da Saúde, Lacerda Sales, todas as crianças, mesmos as que não conseguiram inscrever-se, poderão dirigir-se aos centros de vacinação para receberem a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus.
Em declarações aos jornalistas, Lacerda Sales, que marcou presença no arranque do processo de vacinação desta faixa etária num centro de vacinação de Gondomar, reconheceu que as crianças estão a dar "um exemplo de cidadania".
Pelas 15h, em Gondomar por exemplo, havia uma fila de várias dezenas de crianças para se vacinarem sem agendamento.
Maioria das crianças chega tranquila, mas houve lágrimas, gritos e pipocas
A maioria das crianças que chegaram esta tarde ao centro de vacinação de Gondomar vinham de mão dada com os pais, serenas e bem informadas sobre os benefícios da vacina, mas também houve lágrimas e gritos de medo de agulhas.
Constança Queirós, 9 anos, tem medo de agulhas e apesar de ter sido bem preparada em casa pelos pais sobre as vantagens da vacina contra a Covid-19 para a sua proteção e da comunidade, a ansiedade tomou conta da menina de trancinha da cor das amêndoas e olhos esverdeados.
Chorou. Gritou muito alto. Quis fugir da box e dos enfermeiros. Disse ao pai que a estava a apertar demais quando foi obrigada a dar o braço para a vacina. Esbracejou e quis fugir, mas no final foi vacinada. Ao sair do centro de vacinação recebeu os parabéns da equipa de enfermagem e teve direito a pipocas e a um balão.
A mãe da Constança, Magda Queirós, conta à Lusa que a filha tem medo de agulhas desde sempre.
"Fiz o trabalho de casa. Expliquei-lhe as vantagens da vacina, mas chegou aqui e ficou ansiosa", desabafa, com o coração de mãe apertado, salientando, todavia, que equipa de enfermeiros foi "maravilhosa e incansável".
Constança é uma das exceções das dezenas de crianças dos nove aos 11 anos que hoje começaram a ser vacinadas em Portugal, porque a maioria dos meninos e das meninas chegavam tranquilas e de mão dada ao pai ou à mãe e deixavam-se vacinar sem levantar ondas de medo e ansiedade.
Sophia Moura, 11 anos, conta que a vacina não doeu e que não estava em stress.
"Queria ser vacinada para estar protegida contra a Covid-19", conta à Lusa, feliz a saborear as pipocas quentes e doces.
O pai de Sophia, Paulo Moura, refere que nunca teve dúvidas sobre a eficácia da vacina.
"Confio na ciência. Se a ciência tem tido tão bons resultados ao longo dos anos, não percebo a dúvida em vacinar. E assim, a minha filha está mais bem protegida contra a doença", declara o pai da pequena Sophia, congratulando a "rapidez e a eficiência" das equipas e da organização do centro de vacinação.
O pai Sérgio Esteves teve algumas dúvidas no início, mas depois de falar com amigos médicos decidiu vir esta tarde vacinar os dois filhos, um com autoagendamento e outro sem marcação prévia.
"Confio na ciência", declarou.
O filho, Diego Esteves, nove anos, relata que não teve medo, mas que a picada inicial doeu um bocadinho.
"Eu queria ser vacinado para estar mais protegido", assumiu o rapaz, com voz segura e determinada.
António Oliveira, pai do Tomás Oliveira, de nove anos, disse que trouxe estar tarde o filho para a vacina, porque leu nas notícia que se podia vir sem agendamento.
"Decido vir vacinar o meu filho hoje sem agendamento por vi num portal de noticias que não era necessário. Tentei fazer o agendamento mas não consegui", explicou.
O filhote Tomás Oliveira confessa que teve um bocadinho de medo no início, quando viu a agulha, mas relata que "não doeu".
A enfermeira Mafalda Lemos relatou, orgulhosa, que as das crianças que vacinou na sua 'box' "nenhuma chorou".
"A maioria das crianças estão a vir muito bem informadas de casa, muito bem preparadas e chegam tranquilas. Na minha box nenhuma chorou", resume.
A mascote da Educação de Gondomar, a Filigraninha, em honra da filigrana, arte de trabalhar o ouro de Portugal e alguns pais natais, ajudaram a animar as dezenas de crianças que chegavam hoje para se vacinar em Gondomar.
Hoje e domingo é o primeiro período destinado a vacinar os menores entre os 5 e os 11 anos, com o Governo a estimar que as segundas doses da vacina pediátrica da Pfizer sejam administradas entre 5 de fevereiro e 13 de março do próximo ano.
Veja acima algumas imagens.
[Notícia atualizada às 15h41]
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