"Vamos atingir hoje perto de 9 mil casos", diz ministra da Saúde
Governo prevê ainda recorde de casos nos próximos dias.
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País Covid-19
A ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou, em entrevista à TVI, que Portugal deverá atingir hoje perto de 9 mil casos e que está previsto um recorde de casos nos próximos dias.
"Nós vamos atingir hoje perto de 9 mil casos registados nas últimas 24 horas", revelou a governante.
A ministra afirmou ainda que é preciso entender a situação de risco que o país vive e apela a que se "evite o mais possível" os contactos nos próximos dias.
A questão dos testes é muito relevante, assim como a vacinação, vincou a ministra avisando: "É muito importante que as pessoas de mais de 60 anos possam utilizar essa Casa Aberta tendo consciência de que poderá ter constrangimentos, mas temos de ter a perceção que, infelizmente, este não é ainda um Natal em perfeita normalidade".
A ministra voltou a apelar à vacinação: "Temos 83% das pessoas com mais de 65 anos vacinadas, precisamos de ter mais".
Questionada sobre quando se inicia o reforço da vacinação dos maiores de 50 anos, lembrou que a Direção-Geral da Saúde já deu essa validação técnica, prevendo que se inicie "entre o final do ano e o início do Ano Novo".
Ressalvou, contudo, que não iria antecipar agora essa informação, porque são cálculos que estão se estão a fazer ainda internamente, mas, assegurou, "nas próximas horas ou nos próximos dias vamos seguramente passar para uma fatia etária dos 60 até aos 50 aos".
A ministra rejeitou que esteja a haver atrasos na administração da terceira dose, recordando que havia uma previsão de vacinar até ao Natal 1,4 milhões de pessoas e foram vacinadas mais um milhão (2,4 milhões).
"Recordo que o objetivo que tínhamos fixado até ao Natal era vacinar todos os que tinham mais de 65 anos e conseguimos fazê-lo exceto para aqueles que não procuraram o centro de vacinação e não tínhamos antecipado vacinar as pessoas que levaram a vacina da Janssen" e iniciar a vacinação das crianças dos 5 aos 11 anos.
Sobre os relatos de dificuldades de realização de testes na farmácia ou nos laboratórios e de se adquirirem autotestes, Marta Temido referiu que a sua realização são para quando "as pessoas têm mesmo que fazer contactos".
Apontou a altura das festas de Natal em que as pessoas vão estar com a família mais restrita e querem estar todos seguros, mas, disse, "a indicação preferível é mesmo no sentido de as pessoas evitarem o mais possível os contactos normais que são evitáveis nos próximos dias".
Por outro lado, lembrou que as entidades estão articuladas para "conseguir fornecer aos portugueses o maior número de testes possível neste período de intensa procura" e que o Governo reforçou a comparticipação de quatro para seis testes gratuitos por pessoas por mês.
"Naturalmente que os números que temos tido de crescimento contínuo da utilização de testes mostram bem que estas iniciativas conjuntas estão a resultar", vincou Marta Temido.
Recorde-se que, segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta terça-feira, Portugal somou 5.754 casos e mais 16 mortes por Covid-19. Os casos ativos desceram significativamente no último dia para 72.887 (menos 813).
Já o Governo aprovou, ontem, um conjunto de medidas para controlar a pandemia de Covid-19, tendo em conta a ameaça da nova variante Ómicron, que pode ser responsável por cerca de 90% das infeções no final do ano.
Teletrabalho, testes, ajuntamentos. O que vai mudar para evitar "o pior"
Antecipadas medidas para conter a pandemiahttps://t.co/DG85Yu8S4s
— República Portuguesa (@govpt) December 21, 2021
[Notícia atualizada às 14h16]
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